Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LadosAB

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Que fazer ao... conhecimento?

O saber, o conhecimento é uma das melhores e maiores características do ser humano. Nenhum outro animal pretende saber algo para além daquilo que será a sua sobrevivência diária.

Gosto de gente que sabe, de pessoas que falam de coisas com verdadeiro conhecimento. Especialmente quando falam de áreas que não estão ligadas à profissão.

Imaginemos um engenheiro de tecnologia espacial a falar sobre medicina ou um médico a perorar sobre a influência da marreta na guerra das Duas Rosas. É obviamente possível, mas diria que improvável!

Portanto há pessoas que querem saber, só pelo gosto de saberem! Esta ideia é de enormíssimo valor, até porque como não têm quaisquer interesses para além do conhecimento puro e duro, conseguem ser quase equidistantes das opiniões contrárias.

Porém há sempre uma ideia que fica a bailar no meu espírito e que se traduz nesta simples pergunta: para quê saber-se tanto sobre um assunto se eu nunca o irei usar na minha vida?

Poder-se-ia, em teoria, transmitir esse conhecimento a outros, mas há quem nem isso faça... ficam com o saber para si e morrerão carregados de sabedoria.

Isto aflige-me. Talvez por isso escreva diariamente. De forma sofrível é certo, mas pelo menos deixo alguns testemunhos.

Porque depois da minha partida alguém virá... falar (ou não) de mim!

Conhecimento versus sabedoria

Hoje alguém cá em casa referiu-se a algo que eu havia dito nestes termos;

- Isso é muita sabedoria!

Na altura não dei importância ao meu dito, todavia durante a tarde a frase veio à memória e fiquei a matutar nela.

Acabei por concluir que o conhecimento adquirido através dos anos que a vida nos oferece é deveras importante e essencial, dando-nos ferramentas primordiais para lidarmos com os constantes desafios atravessados no nosso caminho.

Por outro lado a sabedoria é, neste contexto, a forma quase mágica de como conseguimos gerir as nossas emoções perante os ditos desafios. Mais sabedoria mais serenidade na resolução daqueles, menos sabedoria maior ânsia e dúvidas permanentes.

Quanto mais velho maior sabedoria... também se poderia acrescentar. Quase que aceito este quase silogismo, só que tem um erro... Não é a idade que nos faz maios sábios, mas táo somente o que a vida nos ofereceu (seja de bom ou mau!) e o desembaraço com que passamos as coisas para as nossas costas.

Vejo por isso muita gente assustada, receosa e obviamente infeliz porque não consegue gerir com serenidade os seus sarilhos. Os fundados receios devem-se, acima de tudo, à incapacidade de assumirem que os problemas serão enormes ou pequenos dependendo da perspectiva com que os vemos.

A verdadeira sabedoria reside aí!

Conhecimento: guardar ou distribuir?

Li há alguns anos algo que se assemelhava com isto: quem tem conhecimento ou saber será sempre muito mais rico do que aquele que só tem dinheiro!

Não poderia estar mais de acordo. O conhecimento que alguém adquire será sempre uma arma quase indestrutível e que só a morte poderá apagar.

Todavia pergunto-me muitas vezes de que vale a alguém o saber que tem se não o usa em prol de si mesmo ou, quiçá, dos outros?

Quando leio um livro, vejo um filme, visito um país ou observo um quadro não estou unicamente a angariar conhecimento, cultura, saber, mas estou essencialmente a receber estímulos intelectuais para que um dia possa usá-los, por exemplo, na minha escrita.

Outros letrados poderiam distribuir o saber que acumularam por muitos locais brindando outras pessoas com a sua cultura e o seu conhecimento. Mas para isso é necessário ter dois dons: o dom de expressão e o dom de saber dar. O que por vezes não é fácil!

Sinto que uma das razões para o meu saber é entregar aos outros este património de conhecimento para que eles possam outrossim absorve-lo e depois espalhá-lo.

Como eu tento fazer com a sabedoria que recebo de outrém!

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Os meus livros

Des(a)fiando Contos
Quatro desafios de escrita

Os Contos de Natal

2021
2022

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D