Competente ou talentoso?
Hoje participei num fórum com debate sob um tema controverso.
A determinada altura falava-se em competências e talento como sendo dois pilares da organização. Muita gente que estava presente falou e debateu com imenso fervor as ideias e os conceitos.
Também deitei umas achas para a fogueira do debate. Nem podia ser de outra maneira… sendo eu como sou…
No entanto não quero deixar aqui de observar (leia-se escrever!) sobre o que considero que poderá ser a diferença entre alguém com muitas competências, mas sem talento e alguém talentoso, mas com muito poucas competências.
Vejamos então alguém que se licenciou, fez o seu mestrado com boas notas e entrou no mercado de trabalho. Terá as competências inerentes ao curso que tirou, mas será suficientemente talentoso numa empresa para lidar com os desafios propostos? Ao invés haverá alguém sem grandes competências técnicas mas suficientemente talentoso para resolver problemas prementes que surjam na empresa? Obviamente que o contrário também pode ser verdade, mas tenho sempre a estranha sensação de que em Portugal o “canudo” abre mais portas que o talento…
Se, entretanto, eu como gestor máximo de uma entidade tiver que escolher alguém para liderar uma equipa, entre os dois exemplos referidos acima, por quem devo optar?
As organizações debatem-se muito com este dilema e para o qual, creio, não têm qualquer solução.
Porque a verdade ficará, quase sempre, a meio caminhos de ambos os pilares.