Seguradoras - empresas de má-fé!
Em Portugal os cidadãos são realmente importantes, quando:
- há eleições;
- uma qualquer empresa pretende vender um contrato.
Passando as eleições ou assinados os contratos, os cidadãos deixam de ter valor. Os políticos escondem-se por detrás de desculpas e mais desculpas para não cumprirem o que prometeram. As outras entidades apresentam as tais letras pequeninas que ninguém lê e que valem mais que as grandes.
Venho aqui falar disto porque não posso nem quero deixar passar o meu caso em claro. E assumo aqui e agora que as companhias de seguros existem essencialmente para se defenderem umas às outras e jamais o seu segurado, que só por acaso é quem paga os prémios.
Como já aqui referi a semana passado, fui vítima de um acidente de viação, sem qualquer culpa, já que fui abalroado por detrás. Assinadas as participações amigáveis fui logo entregar a minha à seguradora. Entretanto o meu carro nesse mesmo dia foi para uma oficina.
O curioso é que é a minha própria companhia que está a tratar do assunto e lida comigo como se eu fosse um meliante e não um lesado. Soube hoje que não há peças em Portugal para substituir, tendo-se encomendado à fabrica os respectivos componentes.
Só que até ao dia de surgiram as peças eu estou sem carro. Contactado a minha companhia foi-me por esta afirmado que só terei direito a viatura durante o tempo do arranjo do carro que corresponde a cinco dias. Até lá… ando a pé ou de transportes.
Obviamente que poderia alugar um carro e depois apresentar a conta à companhia. Só que esta não a pagaria e lá teria um qualquer tribunal mais um processo para dirimir vontades e desejos.
Concluo este texto com outra coisa deveras curiosa. Falei telefonicamente para o ISP, expliquei-lhe a minha situação e de lá foi-me dito que a actual legislação manda que só haja direito a viatura aquando da reparação.
No meio disto descobri se tivesse deixado o carro numa oficina com a qual a seguradora tivesse acordo, provavelmente teria já um carro. Ora isto induz interesses das companhias em determinadas oficinas e vice-versa. Um relacionamento no mínimo duvidoso…
Finalizo observando que não me interessa colocar aqui o nome da minha seguradora porque me parece que o culpa não é só dela mas de todas. Ou com toda a certeza do legislador que prefere beneficiar as companhias do que satisfazer as pessoas!