Há meio século "ir à bola" era coisa de homem macho... hoje denominado "alpha".
Só que a sociedade mudou muito (e as mentalidades!), e ainda bem acrescento, originando que actualmente "ir à bola" deixou de ser coisa só de homem, mas de ambos os sexos.
Deste modo vêem-se cada vez mais mulheres nos estádios não só como acompanhantes de maridos, pais ou irmãos, mas como ferrenhas adeptas do futebol e do clube do seu coração com as vestimentas a rigor (tshirt, cachecol e demais apetrechos).
Após muitos meses sem gente no futebol gostei de ver o estádio do Sporting bem composto não obstante as limitações e fiquei plenamente convencido que as mulheres leoninas são um capital humano a ter em conta para o futuro da instituição.
O futebol, esse, é somente um desporto, mas os clubes serão eternos.
Gosto da capa de hoje do Jornal desportivo espanhol "Marca"
ao referir que os médicos são já os vencedores do torneio europeu. Tudo devido à forma célere e competente como lidaram com a síncope cardíaca que atingiu a estrela dinamarquesa Christian Eriksen.
As imagens chocantes correram mundo e ao que sabe o jogador recuperou, mas continua internado para novas baterias de exames.
Como sempre olho para estas situações e fico a pensar como é que elas acontecem, especialmente em atletas altamente treinados e preparados. É que se puxarmos pela memória, e não é preciso muito, lembramo-nos do malogrado Alfredo Quintana, guarda redes de Andebol do FC Porto e da selecção nacional ou de Alex Apolinário malogrado jogador do Alverca.
Com todos estes acidentes a acontecer e cada vez com mais frequência, pergunto-me até que ponto os médicos dos clubes e das federações validam com assertividade os atletas da sua real condição física? Ou provavelmente exige-se demasiado esforço e empenhamento aos atletas, olvidando que estes são simples seres humanos e não puras máquinas.