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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A cidade nunca dorme!

Cantou Liza Minelli num filme de Martin Scorcese, mas foi superiormente imortalizada por Frank Sinatra uma canção sobre a cidade que "nunca dorme" e que se chama Nova York!

Este "nunca dorme" sempre alertou em mim uma certa consciência de que as grandes cidades são locais de vida... permanente.

Esta madrugada tive de levar um dos meus filhos ao Aeroporto. O vôo era muito cedo e vai daí saímos de casa pelas quatro e meia da manhã. Àquela hora o movimento na estrada era diminuto, mas conquanto me fui aproximando da capital aquele foi crescendo.

Quando cheguei ao Aeroporto a fauna de carros e pessoas era tanta, que quase se assemelhava a uma hora diurna. Viaturas, pessoas tudo numa amálgama que me fez lembrar a tal letra da música de John Kandar, sobre a cidade dos Estados Unidos.

Há diversas zonas de Lisboa que parecem nunca dormir. O aeroporto parece uma delas.

Arte urbana!

Bem encostado ao Centro Cultural de Belém embutido numa parede lateral de um antigo edíficio logo ao início da Rua Bartolomeu Dias em Pedrouços encontrei a escultura infra,

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Por esta parte nunca tinha visto um escultura deste tipo. Para além da utilização de lixo urbano e não só este "Guaxinim" ocupa espaço no eixo vertical mas também horizontal!

Eu que nunca fui um entendido em artes plásticas, olho para esta obra e fico simplesmente sem palavras. Ao longe percebe-se o animal como um todo, quase como se tivesse vida, mas bem perto descobrirmos que toda aquela arte é feita disto.

20230606_174123_resized.jpg 

Qualquer coisa como... lixo! Simplesmente de génio.

Grande trabalho Bordalo II!

Caos na capital!

Já por mais de uma vez que refiro que Lisboa deixou de ser uma cidade pacata para se tornat uma espécie de torniquete com gente a entrara e a sair.

Comprfeendo que o turisto poderá ser o petróleo do futuro, especialmente para aqueles locais que souberem agarrar o estrangeiro de todas as maneiras e feitios.

Talvez por isso a cidade de Lisboa, especialmente a Baixa Pombalina e arredores, esteja quase transformada num enormíssimo estaleiro de obras.

De vez em quando tenho afazares na capital. Para tal levo o carro que estaciono num dos parques da cidade, geralmente o que fica na praça do Munícipio, e vou à minha vida.

Mas hoje a viagem correu menos bem, Como não oiço nem vejo notícias, nem vejo televisão não me apercebi de greve na CP. Resultado demorei quase uma hora para chegar onde queria e depois de tudo tratado demorei mais hora e meia a sair da cidade.

Portanto imaginem este cocktail urbano: obras e mais obras, com cortes de vias e muitos desvios, greve de transportes, pré-época de Natal com as descargas habituais de produtos por tudo o que é loja, e a cereja no topo do bolo, a chover...

Dá para perceber que a cidade já de si muito trapalhona tornou-se hoje profundamente caótica! Como já não via há muito tempo!

Na cidade!

Após 10 dias na aldeia eis-me na cidade que continua na mesma... aceleração! Enquanto na Beira especialmente dentro das povoações os condutores andam devagar, nas urbes... tudo é auto-estrada!

Quando entrei na A1 o movimento cresceu bastante. Eu mantive uma velocidade entre os 80 e 90 quilómetros hora. Vinha carregado e não queria ter sarilhos. Depois já era noite e nestas alturas todo o cuidado é pouco.

Conquanto me aproximava de Lisboa maior era o movimento e mais depressa passavam os outros por mim.

Após dez dias num local calmo e sereno custa-me regressar à cidade sempre tão apressada. Sobretudo por saber que a pressa geralmente transforma-se em vagar.

É a hora de descansar já que estou a pé desde as 6 da manhã e só agora consegui parar (são neste preciso instante 23 horas).

A gente lê-se por aí!

Finalmente já chove!

A chuva é um daqueles elementros naturais que mais falta faz à Natureza. Seja para regas nos campos, seja para alimentar rios e riachos, seja essencialmente para repor os níveis freáticos no sub solo.

Ontem após ter chegado da aldeia (que sorte!) principiou a chover. Choveu tanto que o meu depósito, que leva um metro cúbico de água, encheu-se em menos de nada.

Sei que a população citadina lida mal com a chuva... Há mais trânsito nas estradas, mais acidentes, mais atrasos. Depois perguntam, e quiçá com alguma razão, para que serve chover na cidade?

Certo é que ninguém manda na Natureza e esta só fará aquilo que entender e não o que muitos gostariam que fizesse.

Por aqui chove, por vezes, com alguma intensidade, mas as sargetas continuam desentupidas. É o que vale, senão de outra forma muita água iria parar à estação de comboios e inundá-la-ia.

Agora um mês assim a chover é que calhava mesmo bem... Ou se calhar não que ainda tenho azeitona para apanhar na Beira-Baixa... e não me apetece andar (outra vez!!!!) à chuva!

Horas perdidas...

e um povo mal educado!

Hoje atravessei a ponte 25 de Abril por duas vezes. A primeira de Norte para Sul, a segunda no sentido inverso. Se juntar os tempos desde que saí até que cheguei ao destino, diria que da primeira vez gastei cerca de 45 minutos de porta a porta e no regresso demorei mais de hora e meia.

Não percebi a origem de tanto trânsito no regresso à capital pelas seis horas de uma tarde quente (o meu carro marcava às 18 horas e 45 minutos perto de 30 graus).

Entrei em fila bem longe da Ponte, ainda nos acessos ao final da A2, mas deu para perceber como o povo automobilista continua a ser... uma verdadeira besta na estrada.

Respeito, cidadania, educação são palavras que os anormais condutores aboliram do seu léxico e muito mais das suas atitudes. Na estrada vale tudo: cruzar riscos contínuos, entrar na fila à frente de muita gente de forma abrupta, atravessar-se na estrada evitando que outros passem de forma a deixar fluir o trânsito, apitar a todos, são alguns dos (maus) exemplos a que assisti hoje. Já para não falar do excesso de velocidade, especialmente nas auto-estradas, que continua a ser uma constante, colocando outros em perigo.

Que eles se estampem não me preocupa... o que eu não gostaria era de ser envolvido nalgum acidente devido à irresponsabilidade de uns condutores, que após sairem das suas viaturas estranhamente se transformam em verdadeiros cordeiros.

Urge,portanto, corrigir estas atitudes pouco civilizadas.

Que só abrandarão se, em vez de multas, as autoridades apreenderem as viaturas. Seria uma boa maneira de alguns condutores passarem a conduzir de forma mais calma. Porque multas... raramente são pagas!

Fuga na capital!

Das minhas limitadas capacidades há uma que se destaca e que se prende com a minha orientação geográfica.

Tirando um caso em Barcelona, sempre soube onde estava e qual o caminho de destino. Fosse em Lisboa, Porto, Viena de Áustria ou Londres nunca me perdia.

Se regressar a um local ainda se torna mais fácil, como me aconteceu quando fui a segunda vez a Paris depois de lá ter estado 20 anos antes.

Não imagino se esta minha faculdade é inata ou se foi por ter andado nos escuteiros que aquela se tornou mais sensível. O que eu sei é que não tenho quaisquer dificuldades em saber onde estou.

Ontem tive de levar uma pessoa a uma consulta a um hospital em Lisboa. Saímos cedo, mas o trânsito que apanhei para Lisboa, nomeadamente para chegar à A5, a autoestrada que vem de Cascais, foi tanto que temi não chegar a tempo.

Como conheço bem a capital consegui fugir do movimento. Entretanto no meio deste desvio achei algumas ruas cortadas devido a obras. Setas e mais setas: vira à direita, vira à esquerda, segue em frente, vira novamente à esquerda… uma confusão. Até que cheguei a um local onde nunca tinha passado, ou se tinha já não me recordava.  Perdido? Nahhhhh!

Parei o carro, olhei em redor e consegui vislumbrar o rio Tejo por entre uma nesga de dois prédios e decidi descer a rua… Até chegar bem perto do rio.

Depois foi fácil chegar ao hospital!

Como sempre...

No último mês tive oportunidade de ver por mais que uma vez, o nascer do dia como o seu ocaso. Essencialmente devido a actividades olícolas, já que o tempo que medeia entre o dealbar da madrugada e o por-do-sol é relativamente pouco. E há que aproveitar a luz...

São momentos únicos, bonitos e indicadores de ciclos de vida.

Os telemóveis modernos tem muitas valencias. Uma destas é a máquina fotográfica que, contudo, não é das melhores ou mais provavelmente por falta de habilidade do operador.

Daí as fotografias que seguem ter má qualidade.

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Uma manhã bem fria já que ainda se nota o branco do gelo da noite.

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O sol já se escondeu. A aldeia recorria agora da luz artificial!

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São 7 horas e 20 minutos. O dia inicia a despontar.

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Na cidade e da janela da minha sala o sol vai desaparecendo...

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Até deixar este rasto de uma cor laranja.

Terminou o dia, mas daqui a umas horas outro dia surge. Como sempre...

Regresso onde já fui feliz!

Há quem diga que nunca se deve regressar ao sítio onde se foi feliz.

Mas palavras leva-as o vento e por isso tendo acordado novamente com o dia chocho, decidimos dar uma volta pela bela cidade de Almada.

Nasci em Lisboa, vivi na aldeia até aos 6 anos, altura que regressei a Almada para ingressar na escola. E por aqui fiquei 26 anos, isto é, até casar!

Porém em Almada reconheço que passei os meus melhores anos. Ou sendo mais preciso vivi. nesta cidade virada para a capital. tempos fantásticos com tudo o que este adjectivo pode incluir.

Hoje achei que era tempo de rever locais, já que amigos seria assaz difícil.

Comecei por Cacilhas onde em tempos idos os burros eram o meio de transporte ideal e primordial e que naturalmente deu nome à povoação. Estacionei o carro naquilo que foi em tempos parte das oficinas de uma doca de reparações e dirigi-me para a beira do rio. Aquele enorme largo onde apanhei milhares de vezes autocarros para casa (e não só) ou barco para ir trabalhar (e não só) apareceu completamente desconfigurado. Porque há agora o Metro de superfície retirando aos autocarros muitos destinos. Depois uma série de obras e um conjunto de ruas limitrofes modificadas para pedonais.

Busquei as margens do rio Tejo começando na rua do Ginjal e parando apenas no Olho de Boi onde hoje se pode encontrar o museu Naval de Almada. Será bom não esquecer que durante muitos anos na zona ribeirinha de Cacilhas havia uma industria de pesca pujante, desde pesca de arrasto como de bacalhoeiros. Conheci mesmo quem tivesse vivido nessa estranha vida errante.

Porém aquela zona está completamente ao abandono. Alguns (poucos) pescadores à linha, armazéns completamente destruídos com algumas placas a avisar do perigo de derrocada e enormes painéis de grafitti. Todavia houve um que se destacou... 

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Uma invulgar imagem de "El Pibe" falecido em Novembro do ano passado. Tirando isto, só vi ruínas e mais ruínas.

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E mesmo o elevador panorâmico não trouxe vida ao local já que estava em reparações. Deste modo subi a estrada do Olho de Boi até à zona velha da cidade de Frei Luís de Sousa.

Depois dirigi-me ao velho jardim encostado à velha fortaleza Almadense e onde vivi momentos inesquecíveis. Daqui tem-se ums perspectiva da capital. Depois a Ponte que é a passagem para a outra margem, sob o olhar atento do Cristo-Rei e do tal elevador panorâmico.

DSC_0008.JPG

Passam autarcas, presidentes, governos, mas a cidade velha continua só e mal estimada. Muitos edifícios devolutos, outros já quase em ruínas e até li uma placa que dizia "IMI agravado" numa velha semi destruída.

Já a caminho novamente de Cacilhas encontrei uma questão bem pertinente...

DSC_0009.JPG

... numa edilidade, que desde o 25 de Abril, sempre foi de esquerda!

Um passeio que deu ainda para rever um velho amigo (ai que saudades, ai, ai) da noite: o R. dono de um pub onde me perdi demasiadas vezes.

Na cidade...

São dez e meia da manhã de uma quarta-feira de um final de Julho. Obriguei-me a resolver uns assuntos que eram anormalmente adiados. Ou por evidente falta de tempo ou porque estava noutro local.

Bom, mas hoje lá fui dar as minhas voltas e já a caminho de casa passei por uma avenida que ladeia a linha do comboio. A rua é larga, mas ainda assim o estacionamento em ambos os lados estreita-a. Porém os passeios estão livres de viaturas para que os peões os usem sem perigo.

Estou eu a passar a rua de carro quando à minha frente deparo com uma idosa que com evidentes dificuldades em se deslocar, ainda assim o fazia ocupando parte da faixa da estrada. Pior... a bengala que suportaria parte do seu peso estava tão inclinada que qualquer viatura a poderia atingir.

Aproximo-me devagar, mas tenho algum receio em me aproximar da anciã. Então reparo que não nenhuma viatura atrás de mim e paro o carro no meio da estrada, saio e vou ao encontro da idosa:

- Bom dia minha senhora.

- Bom dia - respondeu-me de voz trémula por detrás da sua máscara azul.

. Não seria melhor a senhora caminhar no passeio? É que na estrada arrisca-se a ser colhida por algum carro... - tento eu.

- Tem razão, mas os passeios são estreitos e depois as pessoas querem passar depressa...

- Então porque não escolhe o lado de lá... sempre há menos peões.

A senhora olha para mim e temi o pior. Mas após um suspiro cavo a velhota respondeu-me:

- Assim seja... ajuda-me a chegar ao outro lado?

- Claro... obviamente!

Esclareço que naquela altura alguns condutores perdiam já a paciência por esperarem atrás do meu carro e buzinavam.

- "Temos pena... " - pensei.

Ajudei a atravessar a rua e despedi-me desejando-lhe um bom dia. Quando entrei no carro agradeci a quem estava atrás à espera e segui finalmente caminho.

Deste meu episódio matutino guardo duas conclusões... A primeira é que os passeios são roubados aos peões para originar estacionamento pago, a segunda é que mesmo com pandemia as pessoas continuam exasperadamente apressadas e frenéticas.

Continua-se sem aprender!

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