Dizem quem esteve acordado que toda a noite choveu.
Há muito que não via um dia como o hoje... perfeitamente de Inverno.
Todo o dia tem chovido. Uma chuva miúda, branda, no entanto constante. Nada daquelas trovoadas em que a água cai em torrentes repentinas para depois dar lugar a um sol arrepiado. Nada disso...
A temperatura está baixa, uma brisa não muito forte vai soprando, todavia a chuva continua a cair. Independentemente do que possam algumas pessoas dizem sobre o eventual excesso, esta água faz cá muita falta...
Só tenho pena de não poder estar à lareira, como estive há duas semanas.
A manhã trouxe uma chuva persistente que caíu com... vontade. Entre as oito e as dez horas choveu, diria, copiosamente.
Entusiasmado liguei para diversas aldeias e a chuva aparecera tão branda que nem sequer molhou o chão ou abafou a poeira que vivia no ar. Todavia mais tarde soube que para os lados de Castelo Branco já chovia bem!
Actualmente as terras estão sedentas. O Verâo foi longo e muito seco o que agravou ainda mais a seca. No início desta semana, na viagem que fiz à Beira Baixa, descobri muitas ribeiras ainda a correr e os poços com água. Até a barragem da Marateca que abastece a capital da Cova da Beira estava, nesta altura do ano, muito mais cheia que no final de alguns invernos.
A água é, obviamente, um bem essencial e cada vez mais escasso. Mas a forma como lidamos com aquela parece-me demasiado abusiva, já que não cuidamos em poupar a pouca que existe. Vejo assim jardins públicos e privados a serem regados às horas de maior calor, rupturas na rua que demoram uma eternidade a serem concertadas, um permanente desleixo na gestão hídrica nas nossas cidades.
Não fazer lixo, cuidar da floresta para que não arda, ajudar os oceanos é deveras importante, reconheço! Todavia a água potável deveria requerer um cuidado e uma atenção muito especial por parte dos sucessivos governos.
Algo que definitivamente não vejo no actual governo (sinceramente nem noutros!!!) onde a água nem tem sequer direito a uma Secretaria de Estado.
Naquele ano a peregrinação fez-se por Santarém. Naquela tarde partimos de Valada para a última etapa do dia. O tempo estava cinzento escuro. Demasiado escuro para a nossa vontade.
A chuva desata a cair com intensidade. Durante quilómetros intermináveis caminhámos no meio de lama, poças de água e chuva.
Perto da estrada de alcatrão uma peregrina colocou a sua sombrinha estragada à minha frente. Num ápice estava estatelado no chão.
A roupa mudou de cor, alguns elementos da equipa de apoio que assistiram não evitaram sonoras gargalhadas... e eu furibundo, maldizia a minha triste sorte...
Li algures que para hoje se previa um dia pré-Outonal, devido a uma qualquer depressão vinda não sei de onde (mas em Portugal entra tudo e mais alguma coisa!!!).
Geralmente as previsões meteriológicas portuguesas são muito certinhas: falham sempre!
Se dizem que vem muito calor, este muitas vezes não passa de um calorzito brando. Outras prevê-se chuva copiosa e depois vai-se a ver e não cai uma pinga.
Porém desta vez acertaram. Nem sei como... A verdade é que desde manhã por aqui não pára de chover. Primeiro uma água miudinha para a tarde se transformar numa chuva grossa que desde a hora do almoço ainda não parou.
Um verdadeiro dia Outonal. Vale a temperatura que está branda...
Cheguei há poucas horas de Castelo Branco. Desta vez foi uma visita rápida. Ainda assim trouxe a carrinha repleta.
Mas vamos ao que importa...
Um périplo, em terras Beirãs, pelos diversos locais onde tenho poços veio evidenciar que a chuva de caiu o mês passado foi ínfima. De tal forma que os poços continuam secos e as charcas, que nesta altura já costumam estar cheias e a bordar ainda não subiram dez centímetros.
Portanto há que chover muito mais se se pretender que amanhã haja água para os gestos mais básicos como seja a alimentação e a higiene.
Obviamente que os citadinos não mandam na metereologia. E ainda bem, acrescento. De outra forma seria o caos!
Mas tornar-se-ia fantástico uns meses sempre com a pluviosidade no seu máximo.
Ontem, como já aqui havia referido, foi um dia diferente, dedicado essencialmente ao casamento do meu sobrinho que ajudei a criar.
Acrescento que se um dia Deus viesse ter comigo e me obrigasse a escolher entre levar um dos meus sobrinhos ou um dos meus filhos, assumo que não saberia qual deles escolher.
Portante o dia de ontem começou muito cedo, perto das seis da manhã, para só terminar bem perto da meia noite. E isto porque a minha constipação era tão grande que só me senti bem quando cheguei a casa e me deitei.
Mas tirando a minha maleita, até que foi um dia muito engraçado. Nem mesmo a chuva, que durante algumas alturas caíu com muuuuuuuuuuuuuuuuita intensidade, estragou fosse o que fosse.
Muita gente, essencialmente juventude, família próxima, amigos e boa comida foram ingredientes suficientes para um dia especial e muito bem passado.
Os noivos fizeram do seu casamento uma festa bonita onde se divertiram e fizeram divertir os convidados com muitas e diferentes iniciativas.
Como diria um cantor brasileiro sobejamente conhecido: foi bonita a festa, pá!
Ontem por aqui foi um daqueles dias como há muito não via e sentia.
Chuva e vento com fartura. Soube-me tão bem ver as beiras a correr quais bicas das fontes.
E as couves acabadinhas de plantar agradeceram esta água benfazeja.
Agora vou arranjar maneira de aproveitar a água que cai dos telhados para encher um depósito de 1000 litros que comprei para depois poder regar com água da chuva.
A água é decididamente um bem cada vez mais escasso. E aproveitá-la parece-me ser um acto de sensatez.
Se fico contente pelo ambiente, ao mesmo tempo fico triste pois a minha ameixeira "Rainha Cláudia" vai ficar sem um fruto, tal a força da água e a potência do vento.
Por causa de algo semelhante escrevi há uns anos este conto.
Já tinha saudades de ver e sentir a chuva. E sentir o cheiro da terra queimada!
Não foi uma bátega forte, mas ainda assim deu para regar o feijão, cebolo e as curgetes que tenho semeado e plantado no quintal. Importa lembrar que vale mais um litro de água da chuva que cinco litros de rega forçada.
Bom, bom seria esta chuva manter-se durante muitos dias. As terras estão extremamente sedentas.
Já por aqui fui dizendo que a cidade de Lisboa e os seus utentes não foram habituados a conviverem com a chuva.
Primeiro a própria urbe que não está preparada nem foi pensada para dias de intempérie e muito menos para horas seguidas de pluviosidade. A maioria das sargetas não escoam o que origina muitos locais de grande concentração de água, com os evidentes congestionamentos no trânsito citadino. Depois a impermebialização é tanta que a água, que podia entrar nalgumas terras se existissem, vai engrossar as torrentes já de si enormes.
A tarde de hoje na cidade foi terrível por causa do temporal, de tal forma que foi quase com sorte que consegui escapar a algumas inundações.
A edilidade lisboeta entretanto continua muito mais preocupada em alterar a toponímia da algumas velhas artérias, em vez de fazer o seu real trabalho de cuidar de quem anda pela cidade.
Depois admiram-se das desgraças que aqui e ali vão surgindo!