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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Ainda a entrevista de Cavaco Silva

Só a vi hoje. Mas desde sábado até agora li muita coisa sobre a dita e como não gosto de julgar sem ver arrisquei assistir a tal entrevista na CNN/TVI.

Sei que seria fácil criticar o antigo Presidente da República e ex-Primeiro-Ministro tendo em conta algumas das suas intervenções na vida política.

Ainda assim admirei-me com os diversos ataques que Cavaco Silva sofreu desde Sábado. Ao ponto de dizerem que ele pretende regressar à vida política.

Só imbecilidades, já que o próprio afirmou por mais de uma vez que se encontra afastado da vida política. No entanto e como cidadão o Professor Cavaco Silva tem direito à sua opinião que só a ele responsabiliza. Ainda por cima deve ter sido o canal televisivo a pedir a entrevista e não o inverso!

Percebo que quando este homem fala muitos dos que estão agora no governo se sintam incomodados. Faz parte do jogo político. Mas… se sentem algum receio é porque entendem que haverá alguma razão do outro lado…

Observando à luz dos derradeiros acontecimentos laranjas culminados na vitória de Luís Montenegro nas directas, Cavaco Silva apenas validou a próxima etapa do principal partido da oposição, que sejamos sinceros nos últimos anos esteve quase sempre entregue a outras organizações políticas.

Por fim o artigo publicado pelo Observador só viu a luz do dia após a aprovação do OE. Prova de que Cavaco tem, ainda hoje, mais sentido de Estado que muitos políticos que ora saltitam por aí!

Ter Presidente ou não ter Presidente, eis a questão

O nosso povo é tendencialmente estranho. Daí talvez existir aquela expressão tão sobejamento conhecida e usada: preso por ter cão e preso por não ter.

No caso presente será mais ter Presidente ou não ter Presidente.

Durante anos, mas especialmente nos últimos tempos, li muitas críticas ao antigo Presidente por não falar. Ou se falava só dizia coisas impensáveis. Expurgando algumas parvoíces, muito comuns na nossa sociedade, a maioria das críticas faziam sentido.

O Professor Cavaco Silva no seu último magistério calou-se quando devia falar e falou quando devia estar calado. Mas acontece a muitos e o ex Presidente nunca foi pessoa para o politicamente correcto... mas ainda assim reconheço que deveria ter tido mais cuidado.

Ao invés Marcelo Rebelo de Sousa utiliza o diálogo como forma de apaziguar o país e o discurso de hoje é um óptimo exemplo. Para além da presença física em actos simples e corriqueiros que ele sempre fez. Assumo que muuuuuuuuito antes de Marcelo surgir como candidato eu já o deixara de escutar na televisão havia algum tempo. Aquele discurso de alguém que sabe tudo, sobre tudo, que lia livros como quem bebe água, que fazia "bodyboard" no Guincho, que corria no paredão de auscultadores causava-me alguns pruridos...

O que é estranho é que, paulatinamente, surja nos dias de hoje uma espécie de campanha contra um Presidente falador e interventivo. Campanha essa mais ou menos lançada pelos mesmos que tanto criticaram silêncios anteriores.

Então é que é que ficamos? O Presidente deve ou não falar? Deve ou não intervir? Se não porque criticaram o antigo Presidente? Se sim, que deve intervir, que faz o Presidente que não deveria fazer de forma a ser tão escrutinado?

Percebo que o fruto amargo da vitória de um Candidato mais moderado, contra uma quantidade de candidatos mais progressistas, seja difícil de engolir oara alguns sectores políticos otriundos da tal esquerda radical e ortodoxa mas, quer queiram quer não a democracia é isto. Ou será que não?

 

Sai Professor, entra Professor

É já esta semana que o Professor Cavaco Silva abandona a política. Definitivamente? Nem imagino!

O que sei é que o seu substituto em Belém terá, em princípio, uma postura muito diferente do ainda PR. Por formação, educação ou outra razão qualquer vou-me apercebendo que o Professor Marcelo será um PR claramente pró-activo.

A Presidência de um País não confere grandes poderes ao seu titular mas pode influenciar algumas decisões.Vamos assim, paulatinamente, descobrindo quais as novas ideias do novo Presidente.

O problema, no entanto, acaba por ser sempre o mesmo... As promessas eleitorais tardam muitas vezes em ser cumpridas.

Mas existiram algumas promessas?

 

Seis ideias sobre política lusa!

1 - Um Governo, seja ele de que côr política for, deve ser competente e sério.

2 - Por isso as escolhas para os lugares de governação devem apresentar como matriz o conhecimento mais ou menos profundo das pastas, à qual se juntará a permanente disponibilidade à vida pública e naturalmente a honestidade. Sem estes três vectores nenhum governo está seguro, pois à primeira contrariedade a queda será o mais evidente.

3 - O PS e consequentemente o seu Secretário Geral, com os tais acordos à esquerda, assumiram um enooooooorme risco. Sabem de antemão que o seu escrutínio vai ser muito mais denso que noutros governos. Deste modo, cabe a AC fazer valer a sua posição e mostrar à sociedade civil quanto estavam enganados.

4 - Não vi nem ouvi os discursos de tomada de posse deste novo elenco governativo. No entanto, fui lendo que o PR foi igual a si mesmo (nem outra coisa seria de esperar!) e que AC aproveitou para enviar outrossim uns recados para Belém. Não sei se foi verdade... mas é o que tenho constatado.

5 - Custa-me que Cavaco e o PM estejam de costas voltadas. Neste momento da vida portuguesa é o pior que nos pode acontecer. Portugal e os portugueses (todos sem excepção!) merecem que cada um destes políticos dê o melhor de si.

6 - Só mais uma nota: para um governo com "tanto" apoio parlamentar li também que o líder do PCP não esteve presente na tomada de posse. Acho, no mínimo, estranho!

Um país sem memória!

Li algures que a memória dos homens só serve para… esquecer!

 

Na altura achei que esta teoria era um autêntico absurdo. Hoje, muitos anos passados desde o dia em que li aquele pensamento, reconheço, infelizmente, quão certas eram aquelas palavras.

 

O actual contexto do país é claramente propício à desmemorização, deliberada ou nem tanto! Seja como for ultimamente tem-se vindo a assistir a alguns fenómenos de falhas de memória por parte da maioria dos agentes políticos.

 

E o exemplo mais flagrante começou com o senhor Presidente da República ao se ter “esquecido” do valor da sua reforma. De outra forma não teria dito o que disse em Janeiro do ano passado. Ao PR associaram-se entretanto os dirigentes do PSD e CDS ao esquecerem as promessas eleitorais, que os elegeram.

 

O PS não se encontra imune a esta doença e sofre também de “esquecimentos” repentinos, pois olvidou anos e anos de (más) governações, que atiraram o país para o caos actual.

 

Neste rol de esquecimentos cabe também a senhora Ministra das Finanças e de alguns dos seus ex-colaboradores, ao não se lembrarem de reuniões e acordos assinados, mails e outras… informações.

 

É profundamente estranho, que de um momento para o outro, este país fique sem memória. E das duas uma: ou é uma maleita que ataca essencialmente políticos ou uma forma muito subtil de fugir às responsabilidades.

 

Uma coisa é certa: o povo jamais esquece!

 

Ainda a selecção... Você acredita?

Aceito que o Presidente da República Cavaco Silva, seja moderadamente considerado face não só às suas tristes e patéticas declarações proferidas num passado próximo, como até pela postura por vezes pouco lusitana e mais europeísta que tem assumido. Mas seja como for ele é o Presidente. E o PR é acima de tudo uma instituição que deve ser respeitada.

 

Vem este preambulo à tona pela forma como ontem Cristiano Ronaldo (mais uma vez!) se portou perante o mais alto magistrado da Nação. Ele pode ter pendurado nas orelhas brincos de diamantes, pode gastar milhões em novos carros, pode até ter uma namorada quase virtual, mas o que não pode (deve?) é tratar o Presidente da República por "você"!

 

Há coisas que a Federação devia ter cuidado quando entrega, a gente como Cristiano, a representação dos seus/nossos jogadores. O CR pode e sabe fazer umas habilidades com a bola: finta, corre, cabeceia, marca (quando quer!!!), eu sei lá o manancial de coisas que aquele atleta inventa com a bola. Ele pode até partir Ferraris como quem estraga um Fial Punto, porém a única coisa que não pode fazer é... falar.

 

Deem-lhe um papel para a mão com o texto escrito ou obriguem-no a decorar... Mas não voltem a deixá-lo dizer seja o que for. Ele não sabe falar, tem um vocabulário pobre e a sua dicção é no mínimo sofrível. Todos sabemos que Cavaco Silva nunca foi pródigo em grandes conversas, bem pelo contrário: cada tiro, cada melro...

 

Mas quase de certeza que nunca tratou ninguém por... você!

 

Você acredita?

As gafes dos outros...

O país ficou atónito com as declarações de Cavaco Silva na passada sexta-feira. E tem razão para isso.
Um antigo PM, ex-ministro das finanças e ex-professor da Faculdade não pode declarar que não sabe quanto é a sua reforma. Pode naturalmente não saber ao tostão quanto recebe, mas tem com certeza conhecimento do valor da sua pensão duma forma global. Dizer que a reforma não lhe chega isso pode, se for verdade qual é o problema? Cada um é que sabe onde gasta o seu dinheiro. Desde que não fuja ao fisco. E ninguém tem nada com isso.
Mas ao Presidente cabe, no mínimo, ter cuidado com o que diz e acima de tudo como o diz. E se é sabido por todos, que o actual PR não tem o dom da palavra, pelo menos de forma espontânea, cabia aos seus assessores reservarem-no a mais um vexame escudando-o na expressão:
- Não faço comentários..
Mas o que eu venho aqui lembrar é que a todos toca, de quando em vez, a sineta da desgraça das palavras. Lembram-se da enorme gafe do PM na altura José Sócrates?
Curiosamente nessa altura não vi ninguém fazer petições a pedir a demissão do PM, nem peditórios, nem outras campanhas vis.
Não estou aqui a defender o PR, nem a desculpá-lo, Longe disso.
Mas parece-me estranho que muita gente só repare no “argueiro nos olhos dos outros”.

Para os mais desmemorizados eis aqui as palavras "inconvenientes" de José Sócrates.

 

 

 



Falar demais!

As recentes declarações de Cavaco Silva sobre os rendimentos referentes às suas reformas caíram extremamente mal na sociedade portuguesa.

Primeiro porque não correspondem à verdade. E esta mentira dificilmente o PR vai conseguir explicar aos portugueses.

Segundo porque ao PR não basta parecer sério, tem de o ser na sua vida pessoal, correndo o risco de não o sendo, perder todo um capital de credibilidade que levou anos a conquistar.

Mas  o que mais me espanta é que o PR diga estes disparates assim sem mais nem menos. Ele que devia dar (ser) o exemplo a todo o povo…

Não imagino o que se seguirá após estas declarações, mas creio que a partir de agora ninguém olhará para este homem da mesma forma.

Antes de ser PR, Cavaco Silva é um cidadão de direito português. E como qualquer outro tem direito a receber a reforma correspondente aos seus descontos enquanto trabalhador activo. Mas declarar publicamente que não sabe quanto vai receber de reforma do BdP, quando é reformado daquele entidade desde 2004 parece-me demasiado rebuscado.

Faltou ainda ao PR pensar na declaração do IRS que deve ter entregue no TC aquando do seu novo mandato. Aí está discriminado o valor das suas pensões. Pensasse ele um minuto nesse documento e não estaria agora nesta incómoda situação.

Cavaco Silva deu na passada sexta feira um tiro no seu próprio pé e certamente no do governo!

O dia seguinte dos "boys"

As notícias sobre as últimas nomeações do governo têm feito furor, tanto nas televisões como nos jornais. Mas eu, que tenho a mania idiota de ver as notícias por primas diferentes, pergunto:

 

Onde estão os meninos (ou boys) saídos dos governos socráticos? Os assessores, chefes de gabinete, adjuntos e outros?

Responder-me-ão com alguma propriedade: voltaram às origens!

Pois é, a maioria deles regressou aos seus anteriores locais de trabalho, donde haviam sido requisitados, mas desta vez com novas e acrescidas funções. Isso é certo!

 

É preciso não esquecer que estas pessoas cumpriram um serviço público e têm de ser agraciados por esse esforço. Desta forma, tudo o que é lugar de chefia e de relevo vai obviamente ser ocupado por estes cavalheiros, independentemente do mérito ou capacidade. E as suas vidas jamais serão as mesmas. Com uma evidente constatação: tudo o que dizem vai ser tomado em consideração (eh pá o gajo fez parte do governo, deve saber o que diz!!!).

 

Por isso refiro muitas vezes o actual Presidente Cavaco Silva porque, após a sua saída do governo, regressou ao seu gabinete do BdP, onde se manteve até ser reformado por limite de idade (onde já se viu!!!), quando naturalmente podia, se assim o entendesse, ir para uma qualquer empresa da esfera do Estado ou outra de igual valia com vencimento chorudo e todas as mordomias inerentes ao cargo.

 

Mas claro, isso não interessa saber…

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