O meu exame de condução!
A Gabi do blogue Dona Redonda instigou-me a contar a estória do meu exame de condução.
Como o prometido é devido, eis-me aqui a relatar uma das situações mais giras da minha vida.
Estavámos em Janeiro de 1984. Nesse dia não trabalhei. E deste modo muito cedo fui até à Escola de Condução onde o instrutor me entregou o carro para eu o levar até Sete Rios, onde na altura se juntavam alunos, instrutores e examinadores, a quem muito pomposamente chamávamos de "engenheiros".
À hora marcada lentrei e segui com o carro. Nervosíssimo. Naquele instante tudo tremia...
- Vire na próxima à direita.
Virei.
- Siga em frente.
Segui.
- Estacione aí à frente.
Tentei estacionar. Mas volante para um lado, volante para outro e a determinada altura nem imaginava para que lado estavam viradas as rodas. O examinador inspirou fundo e mandou-se seguir.
Começa então a dizer:
- Você passava, você passava1
Palavras mágicas e abençoadas. É que nesse preciso instante o nervosismo que me assolava desapareceu como por magia. Diria que fiz a partir daí uma prova brilhante ao ponto de a determinada altura na Rua da Beneficiência num local mais apertado ter perguntado ao engenheiro::
- Veja lá se passa aí?
Respondeu-me:
- O senhor é que tem de ver.
Devolvi:
- Mas o pendura também pode ajudar.
Chegámos a Sete Rios. Larguei o carro na maior das calmas ciente que estava chumbado. Diz por fim o examinador:
- Pode ir buscar a guia. Ficou aprovado!