Carta aberta a Ruben Amorim
Caríssimo Ruben,
Em primeiro lugar desejo-lhe sinceramente a melhor sorte do Mundo no novel desafio que irá amanhã abraçar. Que ganhe muitos títulos em Inglaterra e coloque a equipa do Manchester a jogar aquele futebol que nos habitou a vermos em Alvalade.
Todavia, e não posso nem devo escondê-lo, a minha tristeza é imensa pela sua partida. Eu sei que é normal dizer-se que o cemitério está cheio de insubstituíveis, mas pegando na máxima de Orwell no livro “O Triunfo dos Porcos” é certo que haverá sempre aqueles que serão mais insubstituíveis que outros.
O Ruben criou uma filosofia no Sporting que nunca tinha assistido… Nunca! A ideia é simples consigo: não interessa como começa o que conta é como acaba!
Também aprendi que o Sporting é um clube tão grande como os demais da Europa como desejava o nosso fundador. Que lutamos até à exaustão pela vitória e que um jogo só acaba quando o árbitro apita para o final.
Hoje o “nosso” Sporting deixou de ser um pobre e triste desconhecido na actual Europa do futebol para se tornar um diamante que lentamente estará a ser polido.
Mais uma vez lamento que parta tão cedo e com tanta coisa ainda por conquistar, mas a vida é feita de ínfimos ciclos que culminam numa bonita estória de vida. Como será certamente a sua!
Sou um sénior apaixonado pelo Sporting e neste momento o que mais gostaria de ver ao vivo seria uma final europeia entre o seu (agora) antigo clube e o seu (actual) Manchester United.
E aí que ganhasse o melhor!
Termino com um óbvio e profundo agradecimento. Por aquilo que nos deu, por aquilo em que transformou o clube do Leão, por todas as alegrias que conseguiu dar aos sportinguistas.
A gente não se lerá por aí, mas estarei muito atento à sua carreira em terras de Sua Majestade.
Obrigado Ruben!
José