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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Carnaval? Nem a sério!

Nunca gostei do Carnaval. Nem das partidas que se faziam, nem das máscaras e muito menos dos disfarces que cada um dos foliões gosta de vestir.

Hoje o Entrudo é um negócio valente, já que as crianças adoram vestir-se de qualquer coisa... diferente. Pelas ruas do meu bairro vi infantes trajados a rigor: bombeiros, polícias, ursos Panda, princesas, fadas e mais um ror de figuras.

Até a minha neta mais nova foi vítima desta correria e vestiram.na de unicórnio. Mas para as crianças tudo é palco de brincadeira e mesmo não gostando da época não me cabe criticar.

Entretanto chegeui cedo da Beira Baixa onde fui num viagem relâmpago e dei conta do imenso trãnsito na A1, especialmente no sentido Sul.Norte. Imagino que muitos sejam foliões em busca da imensa oferta de festejos carnavalescos que o país tem para oferecer!

Eu fico por casa... Porque Carnaval não é mesmo a minha praia. Ainda por cima eu que gosto tanto de brincadeira.

Mas desta decididamente... não!

A gente lê-se por aí!

Nunca me mascarei!

Não sou grande apreciador do Entrudo. Por todas e mais diversas razões, a saber algumas:

- porque sou a mesma pessoa o ano inteiro;

- porque nunca gostei de ser outra pessoa;

- porque há brincadeiras demasiado parvas nesta altura.

Foi na escola que iniciei a não apreciar esta quadra, mais precisamente quando fui Delegado. Nesse tempo tinha na minha turma uma senhora tão jovem quanto eu, mas já casada.

Por altura do Carnaval estava grávida e um dos alunos mais novos, no último dia de aulas antes das pequenas férias, espetou-lhe com um saco de farinha na cabeça, não cuidando do estado interessante da jovem colega.

Assisti ao longe ao caso, acorri logo à jovem e acabei por levá-la a casa. Na semana seguinte o marido apareceu na escola, veio agradecer o meu cuidado, mas queria saber quem o havia feito. Disse que se identificara o aluno, mas que estava a contas com a justiça escolar.

Resumindo... foi um sarilho que levou muitos dias para se resolver. E para acalmar! Desde esse dia nunca mais gostei desta festa nem nunca a comemorei.

Sei que actualmente o Carnaval tende a ser diferente, mas eu prefiro continuar afastado...

Todavia para quem gosta... desejo uma óptima festa e que se divirtam!

Um Entrudo sem graça!

Hoje, dia de Carnaval, tinha a intenção de escrever sobre a tradição aqui de casa, mas que este ano não se realizou por razões óbvias e que se prenderia com a feitura de um saborosíssimo “Cozido à Portuguesa”. Fez-se unicamente o “Caldudo”, um doce beirão!

Alterei a minha ideia inicial após saber que Carmen Dolores havia falecido. Sei que já tinha uma idade muito bonita, porém foi uma perda para a cultura portuguesa, nomeadamente para a “arte de Talma”.

Um ano de 2021 que já nos levou cantores (p.e. Carlos do Carmo) e outros grandes actores não poderia ficar pior sem que nos retirasse outrossim uma grande, grande referência da cultura.

A minha relação próxima com o gosto do teatro vem desta senhora que ora nos deixou. Era miúdo, mas vi diversas vezes o Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Uma peça de teatro que me deixava sempre em êxtase, essencialmente pela actuação de Carmem Dolores.

Muitos anos mais tarde tive a sorte e o privilégio de a conhecer pessoalmentee aproveitei aquele momento para lhe comunicar que o meu gosto pelo teato adviera dela.

Acabei nesse dia muito feliz e que guardo para sempre como um momento sublimado na minha pobre existência, por escrever um postal e que publiquei neste espaço.

Que podem ler aqui.

Que descanse em Paz!

Carnaval? Não, obrigado!

Não sou nem nunca fui muito adepto do Carnaval.

Sei que há muitos foliões que apreveitam estes próximos dias para dar azo a uma certa liberdade (e libertinagem) pessoal. Mas nem nos tempos de escola eu apreciava as brincadeiras desta altura.

Lembro-me mesmo de um caso que se passou no Liceu que eu frequentava nos finais dos anos 70. Era eu o delegado de turma e tinha como colega uma senhora que estava grávida. Por altura do Carnaval um miúdo da escola não percebendo o estado da colega despejou uma série de ovos na cabeça. Uma brincadeira muito estúpida que deu origem a um litígio entre o marido da senhora e o miúdo, e que eu tive na altura de resolver de forma o mais diplomática possível. Mas foi complicado!

Vi muitos outros casos de partidas parvas e idiotas envolvendo quase sempre jovens raazes irresponsáveis e raparigas indefesas.

No entanto também assisti a outras com alguma graça, nomeadamente na Costa da Caparica onde no início da rua dos Pescadores um grupo de foliões pregavam umas pequenas partidas aos transeuntes, mas nada que prejudicasse ou estragasse alguma coisa.

Actualmente o Carnaval tornou-se, acima de tudo, um negócio rentável na área do turismo. Basta para isso observar a quantidade de terras que fazem propaganda aos seus desfiles: Torres Vedras, Loulé, Ovar, Sesimbra só para dar uns breves exemplos.

Milhares de pessoas nas ruas, estradas cortadas, acessos interditados... a confusão instalada. Decididamente não é oara mim.

Talvez por isso vou até à aldeia beirã fugindo assim a uma festividade que não gosto e cuja expressão "é Carnaval ninguém leva a mal" não entra no meu léxico.

Ausência...

Mais um fim de semana longe da cidade. À hora e no momento que escrevo este texto (quinta-feira) não imagino como estará o dia em que esta prosa vier a lume.

Mas de uma coisa estou certo: não tenho acesso à internet e mui dificilmente serei capaz de responder aos comentários (se os houver)!

Portanto até à próxima terça vou mascarar-me de latifundiário, dono de terras e casas, de fontes e charcas, de pinheiros e medronheiros.

Uma ausência meio longa, mas com o pensamento permanente na escrita.

A gente lê-se por aí!

Já agora... divirtam-se.

Mascarado de...

... Agricultor!

Foi para o que me deu este ano.

Agora mais a sério este fim de semana "gordo" tem sido de emagrecimento. Algo que necessito já que tenho algum peso a mais do que aquele que devia. 

Este fim de semana deu para quase tudo, mesmo com frio. Lavrar uns terrenos acabados de comprar, queimar a lenha, arrancar as silvas pela raíz, comer umas tangerinas, fotografar uma ovelha apanhada com erva, rebolar com umas pedras...

A vida no campo na sua plenitude e fulgor. Enquanto uns se divertem em corsos carnavalescos outros "brincam" aos camponeses...

Porque o campo nunca tem direito a férias. Nem a feriados.

 

DSC_0483_v1.jpg

DSC_0462

 

 

Sobre o disfarce de Carnaval...

Há quem aproveite a época do Entrudo para se vestir (ou despir) conforme gostos e desejos. Eu não fugi à regra e mascarei-me de trabalhador rural. Só que fiz a transformação com tamanho afinco que ainda hoje (e durante muito tempo) apresento as marcas dessa opção carnalavesca. Os arranhões nos meus braços são disso um evidente exemplo.

Mais a sério direi que foram dois dias passados a apagar um passado. Ou a queimá-lo. Passo a explicar:

Bem perto da velhinha aldeia ribatejana, onde ainda vivem os meus antecessores há uma fazenda rural cujo nome é Penedos Gordos. Esse naco de terra vermelha está quase todo ele rodeado de frondosas árvores sem grande valor a não ser a lenha, que nesta época tanto falta faz.

Deste modo e com a ajuda de outrém, eu e a minha mulher fizemos tudo para desbravar a história, conforme se pode ver nas fotos que seguem.

Eis o antes...

 

 

penedos_gordos.jpg

 

Depois veio o durante com a natural intervenção humana...

 

penedos_gordos1.jpg

 

Finalmente reescreveu-se a história para memória futura...

 

penedos gordos_3.jpg

Só há um pequeno problema nesta brincadeira de Carnaval... As dores nas costas e nos braços perduram para além do dia de Entrudo.

 

 

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