Do meu passado (II) - As primeiras palavras!
Foi-me oferecida pelo meu pai quando este lutava em África para que na Metrópole, eu e a minha mãe, tivéssemos uma vida melhor. Chegou via Cruz Vermelha.
Nessa altura vieram duas, uma para mim, outra para a minha mãe. E o que mais me espantou foi perceber como o meu nome vinha lá gravado.
Falo da minha primeira caneta de tinta permanente. Com ela fiz as diversas provas na primária. E mais tarde os testes no preparatório e finalmente no Liceu onde foi naturalmente substituída pelas esferográficas.
Anos mais tarde numas arrumações encontrei-a no meio de muita papelada. Nasceu uma saudade e recomecei a usá-la. Mas voltou a desaparecer e a cair no esquecimento. Até agora.
Cúmplice das minhas boas e más notas escolares ainda assim foi-me sempre fiel e nunca me deixou ficar mal. Tinha é que ter um tinteiro sempre à mão.
E foi com ela, com toda a certeza, que escrevi as primeiras palavras. Só tenho que lhe agradecer!