Call center: os males da fita!
Quem lida directamente com o público tem que ter um estômago daqueles... No mesmo sentido quem liga para um "call-center" tem de ter uma paciência de Jó!
Desta vez aconteceu aqui em casa. Não é que eu seja um telespectador de telev isão assíduo, mas há mais gente por cá e portanto a televisão, não sendo uma necessidade, faz parte do serão.
Mas esta noita a coisa correu menos bem pois a caixa da operadora entrou numa espécie de Cuidados Intensivos: apresentava uma febre altíssima, mas não dava sinal de vida. Dito de outra maneira a caixa estava muito quente na sua base mas não dava qualquer sinal de estar ligada.
Ora bem... toca de ligar para os serviços técnicos e após vários números "... está junto à box, marque 1, não está marque 2..." e assim por diante. Finalmente atendem-me e eis que uma voz feminina com evidente sotaque brasileiro surge na linha.
Os primeiros passos entedemo-nos razoavelmente bem até porque falei devagar, mas quando iniciei a explicar o problema eis que oiço:
- "Oi..."
Toda a gente sabe que esta expressão dito por alguém oriundo do país irmão significa que este não percebeu o que dissemos.
Portanto passei, ao telefone, a ter dois problemas: o que me levara a ligar e a forma como deveria explicar à senhora de maneira a que me entendesse.
- "A boxi está conectada na tomada?"
- Menina eu já lhe expliquei anteriormente que já retirei o cabo e desliguei-a da corrente electrica. E voltei a ligá-la.
- "Oi..."
Decididamente a coisa estava a correr mal... Das duas uma: ou exibia da tal paciência de Jó ou arranjava uma desculpa idiota e desligava a chamada voltando a tentar. Podia ser que desta vez tivesse sorte e não apanhasse uma brasileira para testar a minha paciência. Optei pela segunda hipótese.
Repeti a operação de ligar, carraguei em 1 e 2, até que fiquei a aguardar.
- Boa noitchi... em que posso ajudar você?
Nota final:
Em abono da verdade a segunda operadora, não obstante ser também brasileira, foi muito mais assertiva e competente que a primeira.