No universo leonino é mais ou menos consensual que em Portugal há uma espécie de organização com o intuito de retirar o Sporting do grupo dos clubes ditos grandes.
Percebe-se porquê… O dinheiro arrecadado pelo futebol em vez de ser dividido por três seria eventualmente distribuído por menos partes.
Bruno de Carvalho percebeu muito bem isso e depressa colocou um travão nas intenções originando ainda mais anti-corpos contra o Sporting. Todavia deitou tudo a perder com a sua postura recente.
Não consigo provar esta minha teoria, mas percebo, eu e todos os adeptos leoninos, que jornais, televisões e rádios tudo têm feito para menorizar o Sporting. Uma derrota do clube é uma desgraça, enquanto de outros são apenas acidentes de percurso.
Obviamente que este problema não é de hoje. Nem de ontem. Muito menos do tempo de Bruno de Carvalho. Será necessário esticar a memória até aos anos oitenta para se tentar perceber o que correu mal de forma a que chegássemos aqui neste lodo em que o Sporting está actualmente mergulhado.
As (más) contas do Sporting estão novamente na ordem do dia. As redacções editoriais devem banquetear-se com cada má notícia que envolva o emblema leonino. Imagino eu!
Do lado do clube continuam-se a dar constantes tiros nos pés. Ou são as contratações falhadas ou dispensas de jogadores provavelmente de melhor qualidade dos que estão, ou simplesmente a comunicação para o exterior que não funciona. Ou uma gestão, no mínimo, de vão de escada...
Diz o povo na sua imensa sabedoria: “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”. Este é assim o ambiente em Alvalade. Truculento, zaragateiro e venenoso.
Basta ver as assistências nos jogos para percebermos que o futebol leonino vive momentos drásticos. Eu próprio já assumi que esta época dificilmente irei novamente ao Estádio.
Ao invés do que calculei, as últimas eleições não trouxeram nem paz nem aplacaram os espíritos mais revoltados e revoltosos. Calculo que atirar para o anterior Presidente as culpas do que se está a passar agora pode parecer fácil, mas não me parece totalmente justo.
Terá Bruno de Carvalho procedido mal? Certamente! Terá ajuizado incorrectamente algumas situações? Com toda a certeza. Falou quando não devia? Muitas vezes.
No entanto relembro o que escrevi acima. O problema do Sporting vem de longe… de muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito longe!
Já escrevi algures por aí que o grande “calcanhar de Aquiles” do desporto luso são os seus dirigentes. Mesmo com licenciaturas específicas e formações académicas superiores, o Desporto será sempre o parente (mais) pobre da nossa sociedade.
Obviamente que este tema que aqui trago hoje advém dos tristes acontecimentos no final do último jogo em Alvalade, entre o Sporting e o Arouca.
Com as imagens recentes vindas a público, há duas certezas que retiro delas: a primeira é que Bruno de Carvalho não deveria estar naquele sítio, fazia sentido que assim fosse e a segunda é que o Presidente do Arouca não foi selvaticamente sovado pelo Presidente do Sporting, ao contrário do que pretendeu fazer crer aos jornalistas (e não só!) que estiveram, nessa noite, presentes no Estádio.
Bom… depois há as consequentes e tão costumadas trocas de galhardetes verbais que só fica mal a quem as profere. Sinceramente!
Todos sabemos que o actual Presidente do Sporting não é pessoa para se calar. Mas devia! Como dizia o meu sábio avô “O calado vence sempre!”.
Hoje será quase impossível alguém remeter-se ao silêncio enquanto é vilipendiado. A resposta deverá ser pronta porque “quem não se sente não é filho de boa gente”. São posturas e valem o que valem!
Percebo por isso, se bem que não concorde, a postura de Bruno de Carvalho, mas o Actual Presidente não deveria colocar-se a jeito dos seus adversários, especialmente os internos, que vêem nestes “fait-divers” idiotas uma oportunidade única para atacar o Presidente do Sporting.
O caso Bruma tornou-se objectivamente num caso de teimosia: o Sporting não aceita os valores pedidos pelo jogador ou pelo seu representante e este considera a proposta de Bruno de Carvalho demasiado baixa para a eventual valia do jogador.
No fundo, um braço de ferro entre as partes, com eventuais terceiros envolvidos e (muito) interessados em que as coisas não se resolvam a bem de ambos. Não menciono nomes porque como é óbvio não tenho quaisquer provas do que escrevi atrás. Mas sinto que algo neste negócio não está bem.
Desde que Bruno de Carvalho tomou “conta” do Sporting, paira no ar uma vontade férrea, por parte dos adversários internos e externos, de que o actual Presidente do Sporting não tenha sucesso. Ao mesmo tempo a imprensa desportiva também não lhe tem dado quaisquer tréguas.
Ainda não consegui entender o porquê desta postura tão anti-sportinguista, por parte de jornais, rádios, televisões já para não falar até de “ilustres” adeptos verde e branco. Nos últimos anos o Sporting nem necessita de adversários, porque se tem derrotado a si mesmo, tal a forma pouco saudável como o clube tem sido gerido, tanto no cariz financeiro como no desportivo. E sendo assim a pergunta é quase obrigatória: porque atacar mais o Sporting?
Não sei obviamente responder com exatidão à questão, mas acredito que haverá (demasiados!) interesses nesta campanha soez.
Entre os sportinguistas as opiniões dividem-se, no que respeita à entrevista de ontem de Bruno de Carvalho no programa “O dia Seguinte”. Especialmente entre os meus colegas e amigos.
Há quem defenda a reestruturação do Sporting tal como foi concebida e apresentada pelo actual presidente. Outros criticaram a sua postura pela venda de capital social a angolanos. E ainda houve quem permanecesse céptico em relação a ambas as situações.
Mas o que realmente importa é que nenhum sportinguista ficou indiferente à entrevista. Concorde-se ou não com a actual gestão, o importante é dar aos actuais dirigentes alguma margem de manobra de forma a encarrilar o clube de Alvalade.
Nunca fui apoiante do não cumprimento dos mandatos para que são eleitos os corpos socias de um clube. Todavia tenho que dar a “mão à palmatória” aos que se queixavam da má gestão anterior. E em boa hora surgiram as eleições…
Assim é já no próximo Domingo que se realiza a Assembleia Geral para aprovação da nova fase do Sporting. Acredito que será uma reunião magna serena e esclarecedora, com a respectiva aprovação das propostas de Bruno de Carvalho.
Mas para isso muito terá, certamente, contribuído a boa entrevista de ontem no canal Sic Notícias.
O actual presidente Bruno de Carvalho, pode ficar ligado indelevelmente ao futuro do Sporting pelos melhores ou piores motivos. Obviamente que essa ligação dependerá apenas dele e da sua forma de estar perante a “sociedade” leonina.
O Sporting necessita neste momento de dinheiro, muito dinheiro. Mas também de paz. O pior que pode acontecer a este clube é deixar-se minar internamente por tricas originadas em quem nada fez pelo Sporting a não ser aproveitar-se dele. E a primeira coisa que devia ser blindada é a informação para o exterior. Nada do que se passa intramuros deve ser transpirada para fora do Estádio.
É certo que os jornais, especialmente os desportivos, adoram “sangue”. Só assim conseguem, muitas vezes, sobreviver. Mas é tempo de essa sobrevivência não ser feita (só?) à custa do Sporting. Esta questão não é de todo despiciente para uma boa gestão. A informação apresentada pelos jornais deve emanar de alguém responsável e não vir a lume através de fontes consideradas anónimas e que só prejudicam o clube.
As contas (antigas e novas) é um outro assunto que deve ser “manuseado” com delicadeza. Primeiro mostrar o verdadeiro panorama dos passivos e das dívidas. Depois tentar gerir com parcimónia o que ainda há de forma a não esbanjar. E finalmente comunicar aos adeptos, sejam eles sócios ou não, todas as acções que pretendem realizar.
Futebolisticamente falando há que avaliar o que têm e perceber com aquela “massa” que “pão” podem fazer. E dizê-lo sem rodeios… Como diz o povo: “Mais vale um bom desengano, que andar toda a vida enganado”.
De uma outra forma estes dois últimos parágrafos já foram aflorados neste post. Mas nunca é demais frisar estas situações.
Tenho perfeita consciência que tudo o que atrás referi não é fácil! Mas também ninguém disse que o era…
Cabe por isso a Bruno de Carvalho mostrar do que é capaz. Rodear-se de gente que se preocupe mais com o clube do que as suas posições e finalmente dar aos sportinguistas um rasgo de esperança em dias melhores.