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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A brincar não nos entendemos!

Quando era miúdo os pouquíssimos brinquedos que tive tinham a função de me manter sossegado. Eu e todas as crianças na altura a quem eram oferecidos objectos para brincar fosse nos anos ou no Natal.

Já era alguém crescido quando me apercebi de diversas iniciativas, oriundas de grupos chamados pacifistas, contra a ideia de darem às crianças pistolas, arcos e flechas e mais uma panóplia de artefactos bélicos, mesmo que fossem todos falsos e feitos de plástico.

Quando alguns anos mais tarde fui pai de dois rapazes nunca lhes ofereci aquele género de brinquedos. Acima de tudo porque o brinquedo deve ter, repito deve ter, uma função pedagógica. Apenas!

Hoje o meu varão de nove meses foi deixado no chão da cozinha onde gosta de estar e gatinhar a alta velocidade. A determinada altura a avó entregou-lhe uma pequena peça de plástico sem arestas perigosas, mas com a qual o miúdo adora estar entretido. Pergunta então a avó à laia de desabafo:

- Brinquedos para quê?

Naturalmente percebi a ideia, mas duvido que o cachopito aprenda alguma coisa com aquele pedaço de plástico.

Isto leva-me a opinar sobre o que vamos dando às nossas crianças. Cá por casa há uma certa "legodependência" derivado dos pais que sempre gostaram da arte de construir as coisas, mas a Lego acaba por ser um brinquedo mais ou menos caro. Depois muitas crianças, estando já viciadas nos pequenos ecrans de casa, acabam por retirar dali os seus próprios desejos que os pais e restante família facilmentem satisfazem.

Assim que tive filhos considerei que os brinquedos são ferramentas para entretenimento, mas outrossim formas muitos básicas para as crianças aprenderem e obterem algumas valências.

Todavia há nesta minha filosofia uma falha enorme e que se prende com a ideia de que as actuais crianças já sabem muito bem o que querem e desde muito cedo. Como já observei acima as televisões são um enorme fomentar de vontades, mas os coleguinhas de escola não são menos, para não dizer que serão mais.

Dito isto... tento que o petiz agora se vai desenvolvendo por aqui se interesse mais pelos meus livros que pelos periféricos que eu reconheço assaz aliciantes, mas pouco inteligentes.

O tempo passa tão depressa!

Cada vez tenho mais consciência que o tempo corre a uma velocidade quase supersónica. Ainda mal começou o ano e já estamos no Verão com férias à porta.

Ora bem... um destes dias a minha nora perguntou-me se ainda tinha ferramentas para as crianças brincarem na praia: pás, baldes, ancinhos, formas.

Após uma breve busca eis que retiro dos arrumos um saco de plástico recheado de ferramentas de plástico. Mas antes de as entregar à minha neta lavei-as e limpei-as.

brinquedos_praia.jpg

O mais engraçado é que me lembro perfeitamente dos meus filhos se divertirem com estes brinquedos.

Parece que foi ontem e já passaram uma trintena de anos!

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