Curiosamente numa época em que a blogosfera entrou para a hibernação eis que regressa a moçita mais curiosa e mais engraçada deste mundo da escrita.
Chama-se pelo nome, obviamente, mas é conhecida pela Mula do blogue "Desabafos da Mula". Faz muuuuuuito tempo que não sabia desta cachopa.
Fui então aos meus arquivos e reparei que a sua última resposta a um comentário meu, no seu magnífico espaço datava de 26 de Abril de 2023. Xiiiiiiiiiiii, pensei, faz tempo que esta rapariga não dava sinais de vida.
Calculei que tivesse fugido para o Burkina-Fasso ou, sei lá, ainda para mais longe como são as Berlengas. Nada disso, felizmente. Foi a vida a ser vida e ela a batalhar.
Obrigado menina ou senhora como queiras ser tratada pelo teu regresso.
Acredites ou não a blogosfera necessita de ti. Olá se necessita!
Vá agora recompõe-te deste choque afectivo e escreve mais um postal.
PS - Já vão em três os meus livros escritos e publicados.
Ter um blogue foi para muita gente uma maneira de se tornar mais ou menos conhecido. Mas foi também um mundo que rodou muito para além dos umbigos de cada um dos autores.
Com o tempo a passar em velocidade excessiva e os interesses a dispersarem por outras ideias, a blogosfera definhou.
Muitos dos que escreviam fecharam os seus espaços apenas porque “não dava pica”. Havia o feicebuque, o tiquetoque, o iutube ou o instagrame. Tudo aplicações onde a imagem importava. O resto surgia como supérfluo.
Todos sabemos que nestes modernos dias em que muitos querem viver a vida antes de tempo, escasseia este para olharem o Mundo que os rodeia. Um Mundo ora feito de plástico, de pessoas rapidamente descartáveis e de sentimentos tão frios quão uma pedra de gelo.
Os blogues perderam assim pujança e passaram a ser… dispensáveis.
Só que o lema dos blogues da plataforma SAPO diz “blogs com gente dentro”! Touché!
Mas é essa gente que do dia para a noite deixou de ser visada, especialmente na Página Principal da SAPO. Já faz algum tempo que se percebeu que a blogosfera deste Sapal estaria mais ou menos condenada ao abandono.
As razões para tal nunca foram devidamente explicadas e poderão ter diversas visões estratégicas: custos no alojamento do espaço ocupado, ausência de publicidade e o mais provável as reduzidas visitas. E o resultado das opções editoriais da SAPO foi deixar cair os blogues.
Decisões que levarão ainda muita mais gente a desistir de escrever, o que parece ser algo dramático.
Não vou requerer com esta missiva um lugar ao Sol dentro da SAPO, longe disso. Todavia atirar para o anonimato tantos e tão bons espaços que por aqui poderíamos encontrar, arrisco a dizer que é dar um tiro no próprio pé. É que há ainda muita gente, muita gente mesmo a sentir este universo blogosférico como parte integrante da sua vida.
Imagino que seja difícil reformular a nova página para alojar uma singela ligação a alguns blogues, mas convém jamais olvidar que durante algum tempo a blogosfera foi usada, também, como contrapoder.
Obrigado a todos quantos cuidaram dos meus espaços e muitas vezes os destacaram. Tem sido um privilégio aqui residir. Espero sinceramente continuar por cá!
E vocês, também quererão?
José
PS - As amizades que à sombra desta plataforma se foram cimentando jamais desaparecerão. Esta é uma certeza!
Hoje é para mim um dia triste, não que tenha partido alguém próximo, mas porque o que escrevi aqui há dias efectivou-se.
No dia seguinte à comemoração dos 119 anos do Sporting, encerra o blogue “Sporting-És a nossa fé”. Um espaço único e de enormíssimo fervor clubístico na blogosfera desta plataforma SAPO.
Porém o que mais me entristece não é só o espaço encerrar, mas não haver da parte do Sporting Clube de Portugal ou de alguns dos seus dirigentes um simples obrigado ou outro agradecimento qualquer por aquele pedaço de história do clube que nunca se apagará.
Ali se debateram ideias, filosofias, táticas, jogadores e até presidentes. Falou-se de tudo um pouco ou se calhar até muito. Sem receios, sem tabús e sem censura. Porque o bem do Sporting esteve, está e estará sempre primeiro.
Estranho, por isso mesmo, o mutismo por parte de uma direcção do clube, quiçá temendo que quaisquer palavras deles sejam mal interpretadas pelos escribas daquele espaço. Creio que é precisamente o contrário e quando reescreverem a história do Sporting envolvendo estes 20/30 anos mais recentes, jamais poderão olvidar, com a devida justiça, o fórum qualitativo que foi o “És a nossa fé”.
“Esforço, dedicação, devoção e glória” foi tudo o que ali sempre se encontrou.
Regresso hoje a um tema por aqui repetido e que se prende com esta forma de comunicar a que communte chamamos de blogosfera.
Não direi diariamente, mas conheço algumas pessoas que pura e simplesmente desisitiram de escrever nesta plataforma. As razões para tal marasmo ou desistência podem ser e serão certamente diferentes de pessoa para pessoa. No entanto sinto alguma, para não dizer muita, tristeza nesta constatação.
Há formas mais rápidas e mais assertivas de comunicar e dar-mo-nos a conhecer, mas diria que a genuidade que por aqui se encontra não será fácil de encontrar nesses locais.
Regresso a este tema porque um dos blogues com mais visualizações, com mais comentários e que estava todos os dias na ribalta deste sapal irá brevemente encerrar portas. Mais um! As razões para tal decisão foi-me explicada pelo fundador, mas delas guardo obviamente reserva.
Nesse espaço estive quase do princípio, já que ele nasceu a 1 de Janeiro de 2012 e eu principiei a escrever nele a 17 de Julho desse mesmo ano. Para mim serão quase 13 anos de muitas alegrias, algumas tristezas, centenas de postais e milhares de comentários.
A vida é assim mesmo... feita de ciclos e este irá fechar brevemente.
As reacções ao meu terceiro livro continuam a crescer. Os leitores, comentadores e bloguers continuam a validar que este livro tem (alguma) competênca.
Doido que sou pelas estatísiticas e demais informação vou recolhendo, com a devida calma, as observações que cada pessoa perorou sobre a minha escrita.
Posto o que escrevi e após o primeiro apanhado que publiquei há menos de um mês eis a segunda parte.
Principio então pelo Vagueando que neste seu postal regista muita informação relevante. De muitos elogios há um que retiro do seu postal com o qual resume de maneira assertiva o que é realmente a minha escrita: "Prazer da leitura, simples, descomplicada..." É isso mesmo! A leitura de um livro como este deve conter muitas emoções, dúvidas e alegrias, porém deverá constituir-se de uma leitura célere e concisa.
Entretanto uns dias mm as tarde quma autora que muito prezo vinha publicamente agradecer o livro no seu blogue, sempre tão interessante. O problema é que só descobri o postal já muito tempo depois de ter escrito as primeira reações.
Entra agora em cena o meu amigo Pedro Oliveira para quem não chegaram dois postais para falar sobre o meu livro. O primeiro acusava a recepção do livro e no segundo elaborou umas fugas em "SCP o maior" com a promessa outrossim de novo postal!
No dia 9 a minha amiga Maria analisava no seu blogue, com cuidado e conhecimento, o meu pobre livro. Uma crítica bem construída que adorei ler. Obrigado Maria pelas palavras e acima dde tuddo pela amizade.
Ontem a nossa senhora professora Maribel, proprietária de um dos melhores pedagógicos blogues deste sapal discorreu também sobre o meu livro. Uma jovem que tem, ainda assim, uma visão muito especial sobre a minha escrita. Basta perceber que tem talvez uma das mais dificeis profissões do Mundo: educar!
Finalmente hoje a Marta brindou-me com esta análise muito bem esgalhada e assertiva. É sempre bom percebermos que quem nos lê fica melhor que quando principiou. No fundo é isto que nos leva a escrever. Obrigado Marta.
Agora é aguardar novos comentários e postais, mesmo que seja para dizer mal.
Quando passei este meu blogue de outra plataforma para a SAPO, logo na altura decidi criar um ficheiro em Excel de forma a tentar perceber como evoluia a minha escrita, nomeadamente em números de postais escritos, para com o suporte das estatísticas fornecidas pela SAPO, acrescentar mais dados.
Hoje tenho a informação dos meus blogues separados por anos com a indicação de todos os postais publicados e respectivas quantidades de comentários a que junto os favoritos para os leitores e demais informação, para mim, relevante como são por exemplo os destaques.
O curioso é que hoje andei à procura de um postal que havia escrito há uns anos e não o consigo descobrir. Provavelmente na altura não colocava etiquetas como coloco agora e sinceramente não me recordo como se entitulava o postal. De todo!
Agora vou ter de percorrer milhares de textos, ler cada um deles para perceber qual é o que pretendo.
No fundo, no fundo tudo isto para dizer que ando há anos a organizar a minha escrita para agora não conseguir achar, no meio de tanta organização, um pobre texto.
Já muito por aqui se falou (leia-se escreveu) sobre a baixa actividade na blogosfera. São quase sempre os mesmos a esgalhar qualquer coisa e os blogues novos que vão surgindo acabam por desaparecer ou, no mínimo, perderem a sua vitalidade inicial.
Não tem o propósito deste postal acusar alguém. Longe disso. Mas tão-somente ajudar a quem entra que a blogosfera requer algumas coisas por vezes difíceis de assumir pelos autores.
A principal característica chama-se perseverança. Se quem vem pela primeira vez e ao fim de uma semana não recebe um bom estímulo pode acabar por desistir. Todavia deve manter-se a escrita.
A segunda prende-se com os comentários, alguns tão imbecis e parvos que acabam pelos autores desistirem pois não sentem aquele apoio tão necessário e gratificante. Também não se deve dar para esse peditório. Os a(s)nónimos só existem porque alguém lhes dá troco.
Finalmente a coragem. Não nos devemos escudar no que é politicamente correcto. Ainda existe a liberdade de expressão (se não em toda sua pujança como já foi, ainda podemos dizer o que pensamos!) e assim não devemos fugir a um tema que nos toca e pode ser mais complicado.
Resumindo a genuinidade de quem escreve é o trunfo maior!
Portanto mexam-se companheiros... Há tanto por dizer e há tanta gente a escrever bem!
Nas nossas vidas vamos conhecendo muitas pessoas. Algumas ficam outras desaparecem. Umas marcam-nos pela positiva outras pela negativa. Mas tudo isto faz parte da vida, neste sobe e desce permanente.
Bom dito isto assumo que a blogosfera trouxe-me muitos amigos. Muitos mais do que esperava e merecia. Sinceramente!
Entre todas as pessoas que por aqui conheci a Maria destaca-se por ser, talvez, a mais antiga a comentar-me. Tenho por hábito arquivar os comentários que chegam ao meu mail e no que concerne ao Cantinho da Casa posso afirmar que tenho arquivadas 1204 mensagens referentes a comentários.
Posto isto o Cantinho da Casa e a autora Maria estão hoje de parabéns pelo seu 17º aniversário.
Um espaço que é a imagem real desta fantástica bloguer!
Felicidades para o teu blogue. E muitos anos de escrita!
Creio nunca ter vindo aqui escrever um agradecimento por um destaque deste blogue nos recortes ou na página Principal da plataforma SAPO.
Mas hoje não posso deixar de agradecer à SAPO por ter trazido para a página principal o meu outro espaço onde vou escrevendo umas estorietas. Umas mais simpáticas outras nem tanto!
Desta vez foi o Jeremias o alvo, um bonito canário com uma estória para contar.
Este tem sido um exercício engraçado composto por duas partes. A primeira é uma estória contada normalmente e que envolve um animal e envolvendo uma ou mais pessoas e com um determinado desfecho. A segunda parte "A versão de..." exibe a mesma estória, mas vista pelo animal. Assim à laia de fábula.
O primeiro foi um gato (o Xavier), depois um cão (o Léo) e agora um canário (o Jeremias). Provavelmente outros virão!
Posto isto repito o agradecimento por este invulgar destaque para um blogue normalmente mais intimista.
Muitas vezes sento-me, ligo o portátil, deixo que ele se apresente, inicío uma página em branco para escrever um texto e...
Nada, não sai nada. Como se eu estivesse vazio de vida, sentimentos, forças e ideias.
Quase sempre quando isto me acontece levanto-me e vou até à janela, olho o horizonte atapatado de betão cinzento e aguardo pacientemente que uma luz surja dentro do meu espírito.
Não, nunca ligo a televisão, assim resguardo-me das intempéries da vida.
Por vezes regresso ao meu lugar já que de repente uma singela luz surgiu ténue e logo vou tentando dar-lhe lenha para que se torne uma imensa fogueira de palavras.
Umas vezes resulta outras nem por isso! Porém a blogosfera obriga-me a falar, a escrever, a ser... eu!
A escrita não é, para mim, um vício quase deprimente e doentio, como são a maioria dos vícios que conhecemos, mas simplesmente uma forma simples de eu estar bem com a vida. Com a minha e outrossim com a dos outros!