Adeus Bijou!
Há um ditado na sabedoria popular que diz: "Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais!"
E a Bijou era o exemplo perfeito do que diz o pópulo.
Quando nasceu, lembro-me bem, a minha mãe levava-a no bolso de uma bata, tão pequenina que era. No entanto mesmo crescendo era ainda assim uma espécie de miniatura.
Mas esperta, esperta! E conhecia-me a quilómetros.
Contava a minha mãe que ainda não tinha chegado ao cruzamento que acede à aldeia e já ela andava atarantada a correr de um lado para o outro. Nunca percebi como sabia que eu estava para chegar.
Era a verdadeira companhia e companheira da minha mãe. Nem imagino as vezes que esta lhe confidenciou as amarguras. Duas idosas que se entendiam perfeitamente.
A Bijou morreu hoje atropelada por um carro.
Não sei se há céu para os animais, mas estou certo que se houver ela estará lá, a correr atrás de um brinquedo que tanto gostava.
Esta era a sua pose favorita à beira da lareira quente e acolhedora!