A resignação do Papa Bento XVI: a lucidez de Sua Santidade
Começo com uma confissão: Bento XVI não era um Papa por quem nutria a maior das simpatias.
Porém…
A resignação do Papa no próximo dia 28 de Fevereiro deixou-me triste, como católico de sou. Porque é um vazio que fica. Mas a pergunta vai bailando no meu espírito: o que não se passará na cabeça do Sumo Pontífice para de um momento para o outro abdicar assim do Pontificado?
É certo que Bento XVI não era um João Paulo II, longe disso. Porém os seus livros e a sua doutrina espalhou-se pelo mundo. Era um teólogo por excelência, enquanto o Papa de origem polaca era um pastor.
Reconheço que é necessário muita coragem para um homem, que é um chefe de um Estado, resignar por perceber que já não pode ser para os católicos e acima de tudo para o mundo uma referencia e uma força.
Por muito que custe aos fiéis da igreja, esta decisão só demonstra uma profunda lucidez. Porque pior que resignar é não ter a consciência que se é impotente para ser a “tal” luz no Mundo.
Hoje o Papa não é só o Chefe do Vaticano, mas um exemplo de esperança para muitos católicos e não só… É um farol de vida no meio de tanto nevoeiro de morte. É um naco de terra em paz numa imensidão de campos em guerra.
Que Deus lhe apazigue o seu coração, pois tenho consciência que para Bento XVI esta foi uma decisão atroz e para a qual nunca ninguém está preparado.
Só Deus!