À espera de uma criança...
... em qualquer parque infantil
Há muito que defendo a solução Novaiorquina de não se fumar na rua, nomeadamente em esplanadas, parques ou praças, não obstante o ar livre.
Em Portugal tirando alguns restaurantes, pastelarias e bares a rua tornou-se o sítio ideal para fumar. Em tempos referi o elevado número de pessoas que se concentram à porta dos seus locais de trabalho para queimarem o seu cigarro (e os pulmões). Adiante...
Ultimamente tenho dedicado as manhãs a passear a minha neta. O destino é quase sempre o mesmo: o parque infantil. Aqui há um escorrega, dois baloiços e outros apetrechos para a brincadeira. O chão é de uma matéria quase mole que não magoa as crianças nas normais quedas. São quadrados perfeitos encostados uns aos outros, quais ladrilhos.
Porém há entre eles alguns espaços onde se depositam areias, muitas folhas secas das árvores que rodeiam o parque e... demasiadas pontas de cigarros. Um horror!
Ora uma criança é um ser curioso por natureza e vai daqui aquele rolo pequeno no chão que quase se assemelha ao giz que tem em casa é um chamariz (rima e é verdade!!!). De tal forma que num ápice a minha neta apanhou uma ponta de cigarro do chão para brincar.
Rapidamente a tirei da mão e avisei-a para não apanhar aquilo do chão pois era sujidade (ela já entende estas coisas, mulheres!). Voltou para o escorrega enquanto eu fui tentando perceber a quantidade de beatas espalhadas no chão de um parque infantil que poderia ter muita coisa menos... cigarros.
Ainda me custa entender como uma mãe ou pai acompanham as suas crianças ao parque de cigarro em punho. Para depois o largarem no local onde as suas crianças e as dos outros irão brincar!
Portanto a "não cidadania" no seu pior!