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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Ainda sobre Astérix

Já em 2023 aquando da publicação de Asterix e o Grifo, falei sobre a estranha ideia da editora em alterar os nomes das personagens.

Ainda hoje tenho dificuldade em entender esta mudança tanto mais que as aventuras de Astérix não foram escritas e desenhadas para crianças. Não é que nos livros haja alguma maldade, mas as piadas e referências neles contidas livros seriam incompreensíveis para uma normal criança.

Ora os nomes são parte integrante de todo aquele Mundo gaulês e mudá-los é alterar todo um conjunto de jogos de palavras. Infelizmente.

Esta recente alteração "wook" deve ter algum fundamento, mas gostaria de saber das razões para estas modificações.

Provavelmente ninguém ousaria alterar o nome de "Sherlock Holmes" para "Charloco Gomes" ou o de "Philip Marlwoe" para "Filipe Marouco".

Os nomes não definem as pessoas nem estas os nomes, mas seja como for continuo a considerar uma enormíssima falta de gosto ao atribuir um nome completamente diferente a uma ou mais personagens.

Pegando numa frase de Obelix: estes editoras devem estar loucas!

Astérix na Lusitânia!

Foi lançado hoje em todo o Mundo mais uma aventura de Astérix e do seu inseparável amigo Obélix, desta vez numa visita à Lusitânia.

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O livro chegou-me logo de manhã, mas só noite dentro consegui lê-lo.

Sinceramente estava curioso com o que iria ler, até porque as mais recentes aventuras do irredutível gaulês, primavam por uma certa falta de qualidade.

Abri o livro e logo na segunda página dei a primeira de muitas gargalhadas, o que deu logo sinal do que viria a seguir. Não estando ao nível dos seus criadores obviamente, ainda assim os dois aventureiros, finalmente, mostraram graça. Todavia, é nas restantes personagens (soldados romanos incluídos) que (nos) acompanham com muita ousadia e muitas referências à cultura e filosofia popular lusas, que encontramos o melhor deste novo livro de aventuras.

Um álbum que vale a pena comprar e ler mais que não seja pelos amantes da nona arte e dentro desta pelas assertivas piadas muito bem conseguidas. Que o diga o nosso disfarçado Obélix com esta belíssima tirada.

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Lucky Luke: o "cowboy" revisitado!

Foi recentemente publicado a sexta aventura da série "Lucky Luke visto por..."! Diferentes autores com diferentes visões do "cowboy que dispara mais rápido que a sua sombra", mas todos eles marcantes nas pranchas, no enredo e obviamente no próprio desenho da personagem.

O famoso pistoleiro que Morris criou no século passado atravessou mais de 70 anos para hoje ser uma figura mítica na nona arte. A par de outras que por vezes aqui vou referindo.

Morris deu a Lucky Luke um aspecto físico que foi aprimorando com os anos, mas terá sido o argumentista René Goscinny que vestiu o cowboy de uma postura psicológica e de um cuidado com as palavras, tudo isto recheado de muito humor.

Curiosamente é neste recente livro de aventuras que encontro um humor assaz semelhante ao que escreveria Goscinny se fosse vivo. Algumas das personagens presentes remetem-nos para outras bem conhecidas, mas que eu me escuso a referir até porque poderá ser uma ideia minha sem qualquer fundo de realidade.

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A estória envolve crianças, bandidos, xerifes, o sempre inseparável cavalo Jolly Jumper, já para não falar do próprio Luke, num desenho mais próximo do original.

De um humor muito bem conseguido o relato corre célere e as páginas do livros sáo passadas em grande velocidade.

Blutch é o desenhador consagrado que deu vida e luz a este pedaço de óptima BD. Vencedor do Festival de Angoulême, este francês conseguiu fazer-me reviver as boas e divertidas de Lucky Luke. Simplesmente muito bom!

O livro tem finalmente uns extras que merecem bem a atenção do leitor.

Um livro para verdadeiros apreciadores de BD e do cowboy solitário.

BD e as traduções!

No passado mês de Fevereiro falei deles aqui... dos meus livros de Banda Desenhada e do gosto que tenho por esta arte tão invulgar quanto bela.

Ainda não percebi porquê descobri que uma série de albuns de um certo heróis estava incompleta... Ainda estou para perceber como me passou, mas enfim.

Andei então a pesquisar e encontrei um dos livros à venda, mas em Francês! Falo da série conhecida como Comanche, todavia tendo Red Dust como personagem principal e obviamente o enorme herói no final de cada aventura. Dos 14 livros que constituem a colecção tenho somente nove, sendo que o décimo já se encontra encomendado.

Entretanto o nono livro, recebido a semana passada, foi simplesmente devorado pela minha ávida leitura e de uma coisa fiquei com a confirmação: os livros na língua original têm outro... charme, outro sainete!

Não sei se é das traduções, se é por eu gostar de francês que sinto que as respectivas passagens para a língua de Camões de alguma forma desvirtuam o ambiente do livro. Há pequenos detalhes que me parecem que passam sem tradução para português.

Quem lê BD sabe como os diálogos são muito importantes, para além das imagens, para se perceber o enredo. Imagino que para os tradutores a coisa não seja fácil, mas em BD é fulcral que se perceba o que cada prancha diz ou pretende dizer! Sem subterfúgios!

Veremos se se confirma esta minha ideia com o décimo volume.

Eu e o Astérix!

Conheci Astérix ainda nos tempos de liceu (no meu tempo não havia escolas secundárias!!!).

Levado por um colega para a biblioteca da escola, cada livro de aventuras do irredutível gaulês era, ao mesmo tempo, partilhado por três.  Foi desse tempo que nasceu a minha vontade de um dia comprar toda a colecção.

Vinte anos depois tinha comigo todas as aventuras até então publicadas. Entretanto as restantes estórias gaulesas também já cá moram!

Astérix tem sido um companheiro de aventuras... de leitura. Escusado será dizer que já li algumas estórias dezenas de vezes.

No passado dia 26 de Outubro foi publicado mais uma aventura/estória do conhecido gaulês, sem a pena competente dos seus criadores, Uderzo e Goscinny.

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O Lirio Branco recorda-nos "Obélix e companhia" numa tentativa de divivir para reinar.

A ideia do enredo tem a sua graça, mas falta-lhe aquela luz que o argumentista Goscinny conseguia transmitir aos leitores através das suas palavras.

Mas pior que a estória sofrível são as alterações que os editores têm vindo a fazer nos nomes das personagens. Não bastava o uso de algumas referências lusas, com pouca graça, a invenção de outras denominações para as velhinhas personagens surgem como ideias absurdas.

Só faltará alterar o nome do herói e do seu inseparável companheiro.

Nesse dia o meu amigo Astérix desaparecerá da minha vida.

Para sempre!

Luky Luke - a nova aventura

Já me tinha perguntado quando é que nestas variantes "lukylukianas" se abordaria as relações entre pessoas do mesmo sexo?

Foi desta vez que a homossexualidade surge em algumas personagens de uma maneira bem construída e bem divertida.

A última aventura de um Luky Luke pouco Morris trás um herói diferente dos antecessores. Em primeiro lugar a palhinha que a determinada altura Morris usou para substitruir o cigarro desapareceu. Agora o "cowboy" solitário aprensentou-se sem outros apetrechos. Depois ganhou barba de dias durante o tempo que decorreu a aventura, algo que não me recordo de ter constatado em outras aventuras.

A história é muito divertida e mete Dalton e uma Calamity Jane deveras diferente daquela que nos foi dada conhecer noutras aventuras.

Mas a grande novidade, para além da referida no início, sáo as diferentes e diversas referências cinematográficas, nomeadamente a actores de "spaghetti western" como foram Bud Spencer e Terence Hill assim como ao galardoado filme "Brokeback Mountain".

Isto para dizer que há nesta aventura personagens e até heróis a assumirem a sua tendência sexual. Todavia o mérito desta assumpção é feita de forma divertida sem melindres nem outras conotações. Diria mesmo que um bom exemplo!

Finalmente um aspecto relevante: aquele suposto diálogo entre leitor e personagem está muito bem conseguido.

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Um policial em BD

Gosto muito de livros policiais. Da mesma maneira que gosto muito de Banda Desenhada.

Agora imaginemos o que será juntar estas duas formas de escrita e desenho num só livro? Dito assim de forma simplista ficamos sempre com a ideia de que a coisa tem poucas probabilidades de vingar.

Porém, e como se diz nos policiais quando não há mais nenhuma hipótese a mais absurda é que prevalece, em Itália conseguiu-se o feito de juntar um escritor de estórias policiais e diversos desenhadores.

Foi a editora de BD "A Seita" que apresentou perto do final do ano passado o primeiro volume que chegou às minhas mãos no Natal de 2021, mas que só agora consegui ler, com as investigações do Comissário Riocciardi.

Desenhos a preto e branco, um investigador com ar de actor de cinema (no início pareceu-me Al Pacido no filme "O Padrinho", para mais tarde descobrir que parece-se mais com Andy Garcia), um ambiente napolitano nos anos 30 do século passado e temas fortes fazem deste livro um bom exemplo de como a nona arte consegue dar forma às palavras. Mesmo que sejam policiais.

O "Comissário Ricciardi - Primeiros inquéritos" é uma aposta ganha.

A merecer bem a atenção dos amantes de BD.

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Lonesome - Um western em BD

Chegou-me hoje às mãos uma publicação recente da Gradiva em BD. Chama-se "Lonesome" escrito e desenhado pelo belga Yves Swolfs.

Não conhecia esta BD, mas não pude acabar o dia sem ler as 56 páginas que constituem a primeira parte de uma triologia. Numa pesquesa rápida percebi que este livro já fora publicado em 2018 na Bélgica só surgindo agora em Portugal.

Como western gostei. A cor, o desenho, a história e acima de tudo o suspence que nos faz desejar comprar o tomo seguinte, foram muito bem trabalhados. Sou especialmente apreciador deste tipo de sequências de vinhetas em cima de outras obrigando o leitor a uma maior atenção na leitura e visualização dos desenhos. Muito bom!

No entanto e como não li a versão original, que acredito seja em Francês, não posso avaliar a sua tradução. Todavia há erros que não deveriam de aparecer mesmo neste tipo de livros e que nada tem a ver com traduções. A BD não é uma arte menor, bem pelo contrário e por isso o português deve ser aqui outrossim bem tratado.

Espero sinvceramente que nas próximas publicações haja um maior cuidado linguístico.

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Desencadeou-se!

Não é a primeira vez que a BD se mostra quase profética. E já nem trago para aqui a Mafalda de Quino sempre tão assertiva.

Recordei-me ontem já tarde e más horas de Astérix na sua fantástica aventura com os Godos. A determinada altura pode ler-se esta vinheta...

desencadeou_se.jpg

Quem conhece o livro percebe o porquê desta palavra. Quem não leu experimente... porque vale bem a pena.

O problema é  quenão há nenhum Astérix nem um Panoramix... que coloquem ordem nesta casa de doidos que é o Mundo!

Os amigos de Morris...

... ou será de Lucky Luke?

Da Editora A Seita especializada em BD foram publicados algumas obras do herói mais "in" do faroeste americado e que segundo o seu autor (Morris) disparava mais rápido que a própria sombra. Quem conhece BD percebe que falo de Lucky Luke, o Cavaleiro Solitário.

Os livros que trago hoje foram desenhados aquando dos 70 anos da primeira publicação de Lucky Luke em 2016.

Desenhos, histórias e contextos bem diferentes do que estava habituado, mas ainda assim a merecerem a minha atenção. Entretanto creio que já foi publicada uma quarta história que ainda não li.

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Num tempo de pandemia e recolhimento quase obrigatório este tipo de leitura parece-me salutar. Especialmente para quem gosta de BD.

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