A partir de amanhã entrará na cena política um novo, mas bizarro elemento. Carrega consigo uma vitória inesperada (provavelmente ele seria o único a acreditar nela!!!) e um imenso país profundamente dividido.
Ao invés Barak Obama, que amanhã entregará a chave da Casa Branca a Trump, foi o homem perfeito, no lugar certo, na altura ideal.
Sereno e discreto quanto baste (e)levou a Presidência dos Estados Unidos a um nível jamais pensado. Profundamente respeitado e respeitador mostrou ao mundo como a maior potência pode ser governada sem qualquer arrogância e sempre preocupada com os direitos humanos.
Obama conseguiu ainda, entre muitas outras coisas, o impensável: reatar relações com Cuba. Um gesto de anormal humildade para os americanos, sempre tão senhores da verdade, que deixou o Mundo boquiaberto. Foi sempre assim a presidência do homem de Chicago: descomplicada e despretensiosa.
Amanhã e parafraseando uma frase trágica de 2015 contra o terrorismo, (quase) todo o mundo gritará: Je suis Obama!
O título deste texto poderia referir-se a Sua Majestade a Rainha Isabel II. Pois podia, mas não é dela que venho aqui falar.
No outro lado do Atlântico prepara-se a mudança para breve de Presidente dos Estados Unidos. A expectativa mundial quanto ao futuro daquele país roça um valor mínimo.
Também penso assim! Donald Trump pode ser uma boa surpresa mas sinceramente não acredito. Mas os americanos escolheram... está escolhido, nada a fazer.
Talvez por aquilo que referi atrás a figura de Barak Obama surja como uma espécie de matriz do que foi uma governação pensada, discreta e acima de tudo preocupada com o Mundo.
Há no entanto uma personalidade que foi, quiçá, o genuíno garante de uma América unida. Chama-se Michelle Obama.
Esta sim foi durante oito anos a primeira Dama do Mundo. E não o fez somente porque era a mulher do Presidente dos Estados Unidos, fê-lo por convicção. Acima de tudo o que mais admirei neste casal foi a forma, sempre frontal e aberta, como demonstravam publicamente o amor que tinham um pelo outro. Uma raridade nos tempos que correm!
Michelle Obama sairá da Casa Branca no próximo dia 20 de Janeiro mas o perfume das suas palavras e dos seus gestos perdurará por muito tempo naquele casarão.
Porque à primeira Dama do Mundo exige-se muita coisa, é certo. Por isso a humanidade e sensatez que Michelle demonstrou nos dois mandatos do marido não foram construídas mas brilhantemente assumidas!
Um exemplo perfeito de mulher, mãe e digníssima esposa do Presidente da maior potência do Mundo!