Ainda estou para descobrir quem é que neste país anda a roubar aplicações às empresas. Não estou a brincar. Isto parece mais um problema sério de justiça que uma piada. Mas vamos ao que realmente está a acontecer.
Há por aí uns estabelecimentos que estão a ser amplamente atacados por alguém. Para piorar a situação essas lojas apostam na ideias que qualquer clientes é um potencial ladrão.
Reparem nestre breve exemplo: ontem fui a supermercado aqui perto comprara pão e iogurtes e mesmo antes de pagar a senhora da caixa perguntou-me:
- Tem a nossa aplicação?
Ora está bem de ver que não tinha, pois não tenho por hábito andar com as coisas dos outros. O curioso é que ela fez a pergunta a outros clientes e estes deram a mesma resposta que eu.
A minha mãe também costuma usar uma aplicação quando coloca aquele bonito lenço ao pescoço, mas desconfio que não deve aquela que essas empresas andam tão avidamente em busca.
A polémica ao redor da aplicação “Stayaway covid” não é mais que um “fait-divers” do governo para retirar a população do foco principal que é, sem margem para dúvida, o aumento de casos e de mortos em Portugal de infectados com covid-19.
Em Abril, ouvi eu que sou surdo, que por esta altura seria muito provável o aparecimento de uma segunda vaga. O fim das férias, o regresso às aulas presenciais e o baixar da guarda quanto aos distanciamentos sociais criaram uma mistura semi explosiva cujas consequências estamos agora a perceber. E a sofrer.
A verdade é que alguém avisou...
Em Maio a economia reiniciou a mexer. Muito por força e imposição de diversos sectores da sociedade portuguesa. Daquele mês até Agosto (quase) tudo foi aberto pois a “economia não podia parar”. Alguns especialistas continuavam a avisar que esta abertura poderia ter consequências nefastas. Ninguém ligou pois à boa moda lusa “o mal só acontece aos outros”.
Estamos agora a tomar consciência dos erros feitos no passado recente, obviamente com o beneplácito do governo e PR.
Bom, mas regressemos à dita aplicação, cerne da novel polémica, para instalar em telefones inteligentes. Assumo desde já que sou contra a instalação. Por duas razões: a primeira é que não foi o governo que me comprou o telemóvel, a segunda prende-se com a imposição da instalação de algo num objecto que é exclusivamente meu.
Mal comparado é como se o governo me obrigasse a só ler livros de Saramago ou a ver filmes de Tarkovsky.
Há por isso neste governo socialista qualquer coisa de muito estranho. Cheira-me a uma, mesmo que ténue, tentativa de ditadura de costumes.
Com um orçamento à porta e por aprovar, o Governo de António Costa vai diabolizando os lusos cidadãos que não acatam as suas vontades, numa reles tentativa de desviar as atenções para o que será, economicamente falando, o (negro) futuro de Portugal.
Portanto aqui por fica decidido: quando houver uma “Stayaway políticos” eu instalo a aplicação no meu telemóvel. Até lá...