Ontem escutei a mensagem de Natal de António Costa (ainda gostaria de perceber porque um Primeiro-Ministro de um governo de um país constitucionalmente laico tem de falar neste dia específico, ainda por cima assumidamente ateu!), a última que fará como chefe de um governo.
Falou aquele de um país em que tudo são... maravilhas! Nesse local idílico todas as pessoas têm médico de família (eu incluído), a habitação foi um problema num passado longínquo, os professores vivem felizes e contentes, a educação está no auge sem alunos a desistirem de estudar antes de um curso superior completado, o desemprego é uma utopia, crescemos mais que os nossos vizinhos europeus e arredores, a corrupção é algo inexistente e mais bla, bla, bla...
Estive eu com a atenção que o momento obriga a ouvir alguém a descrever um país que reralmente não conheço! Nem sei onde está! Porque Portugal não é certamente!
Estive a escutar com atenção a comunicação desta noite ao país, do nosso Primeiro Ministro demissionário, Doutor António Costa.
De tudo o que disse, das desculpas que apresentou, dos apelos que fez fiquei com a sensação que o mais importante ficou por dizer!
Sinceramente não percebi a razão deste comunicado, até porque o mal está feito, a demissão aceite, as eleições marcadas e o resto... logo se verá!
Agora aquela ideia que tentou passar de que os investidores não devem ter receio de investir em Portugal parece uma desculpa meio esfarrapada ou só "para inglês ver"!
Até porque qualquer estramgeiro que queira investir neste rectângulo tonto e desorganizado sabe de antemão com o que conta em termos de legislação, morosidade de processos e demais burocracias.
Porque considero isto tão estranho é que eu peço, encarecidamente, que me expliquem, devagar de preferência, o porquê deste discurso.
O meu avô que era sábio é que tinha razão quando dizia: mais vale o que fica por dizer que aquilo que se diz!
... mesmo não sendo crente, que o tirem deste governo!
Esta foto é feliz e retirei-a da página principal da SAPO. No fundo o Primeiro-Ministro António Costa, assumidamente um não-crente, parece estar a rezar para que o tirem deste circo do "Litium" em que o envolveram!
Desde sempre que percebi em AC aquele jeito especial para a política. Todavia rodeou-se de gente sem escrúpulo e agora caiu em desgraça! Ou teremos sido nós?
Muitas serão, provavelmente, as vítimas políticas destas explosões.
Em primeiro lugar o já demissionário Primeiro-Ministro, Doutor António Costa! Depois João Galamba e nem será necessário dizer porquê! O próprio Presidente da República, que em 2017 quase demitiu em directo uma Ministra, após os trágicos incêndios desse ano, não o conseguindo fazer com o actual Ministro das Infraestruturas e finalmente o Partido Socialista que ficará sem líder durante algum tempo.
Uma travessia no deserto que muitos partidos têm sofrido!
Esta situação não é nova! Já em 2011 José Sócrates havia colocado o seu lugar à disposição de Cavaco Silva cabendo agora, ao mais alto magistrado da Nação, decidir qual será o melhor caminho para Portugal.
O Professor Marcelo tem diversas opções para resolver esta crise, sendo que a aprovação do OGE para 2024 poderá criar alguns problemas e engulhos às soluções.
Todavia há muito que se esperava esta implosão governamental! Os sucessivos casos políticos não auguravam nada de bom!
Agora temos o futuro! E é este que me preocupa! Definitivamente!
Se o Presidente optar por dissolver a AR e convocar eleições acredito que a Direita saia reforçada no próximo acto eleitoral, atirando a esquerda para um secundarismo muito perigoso.
No entanto se tal acontecer e a esquerda perder a força que tem actualmente na AR, não culpem a Direita (e muito menos Pedro Passos Coelho!!!) do estado a que chegou o país político. Mais... arrisco mesmo a dizer que tudo isto terá começado (e mal) com a tal de "geringonça".
Repare-se no exemplo da TAP que deixou de ser um "parceiro estratégico para o país", como era em 2020, aquando da forçada nacionalização a pedido dos partidos da geringonça (PCP/BE/PS) para se tornar descartável e (mal) vendável em 2023! E já nem falo do novo aeroporto de Lisboa.
São estas e outras contradições que atiraram este governo para o charco político! Um charco podre, mas onde muita gente meteu as mãos!
Resumidamente, no discurso desta noite do senhor Presidente da República, diria que a montanha pariu um rato já que a vontade de muitos (leia-se direita parlamentar!!!) na dissolução da AR, não passou de um fiasco.
Porém o senhor Primeiro-Ministro foi olimpicamente encostado às cordas, As relações institucionais radicalizaram-se e o PR mostrou aos portugueses algum azedume por esta situação.
Compreendo que nesta altura do campeonato político ninguém do PS queira ser ministro das Infraestruturas levando com o dossier da TAP pela frente. Pudera! Já tombaram dois ministros... Talvez por isso o doutor António Costa tenha tentado manter o Ministro Galamba. Mas foi um erro de palmatória...
Não sou apreciador do folclore marcelista, mas reconheço que neste caso o PR apontou o dedo às pessoas e instigou o Governo a portar-se com sentido de Estado e com responsabilidade.
Jamais escutei um discurso tão acusativo de más práticas por um Presidente a um governo e nem sequer imagino o que deverá estar a pensar o senhor PM.
Diria que o divórcio entre Belém e S. Bento foi hoje formalmente consumado.
O que temo, sinceramente, é o aproveitamento da oposição! Espero, por uma vez, que seja inteligente e assertiva sem ser demagoga!
Os próximos tempos de política irão ser estranhos, muito estranhos.
Não sou jurista e sei pouco de leis, mas estranho que na passada quinta-feira o governo tenha aprovado um decreto-lei para o fim do uso de máscaras nos serviços de saúde e lares, mas este diploma ainda não entrou em vigor por não ter sido publicado no Diário da República.
Expliquem-me muito devagarinho por que se publicita uma lei que não tem data marcada para publicação ou entrar em vigor?
Desconfio que é mais um golpe publicitário do actual governo, tão desgovernado anda!
Este Doutor Costa como se costuma dizer na cultura popular é "cada tiro, cada melro"! E o pior é não termos fim à vista para a coisa.
Sinceramente o já falecido Doutor Jorge Sampaio por muuuuuuuuuuuuuuuuito menos asneiras que a actual equipa de António Costa, dissolveu a Assembleia da República. Por isso é tempo do Professor Marcelo usar das suas prerrogativas como Presidente, antes que seja tarde demais.
Já nem sei o que dizer deste PS de maioria absoluta.
Agora foi o Presidente da Câmara de Espinho a ser detido. Não bastava os problemas dentro do próprio governo e surge agora um presidente da concelhia do PS envolvido em actos menos lícitos. Mas tudo pode não passar de uma cabala, acrescento!
Seja como for o Partido com sede no Largo do Rato anda nas bocas do Mundo e não é pelas melhores razões. Mas isto já toda a gente sabe!
O que conta agora perceber é como irá o Partido chefiado por António Costa lidar com tamanhas contrariedades. Certo, certo é que Marcelo não irá dissolver a Assembelia da República, nem convocar novas eleições. Ora tendo esta certeza presidencial como lastro Costa vai gerindo os problemas pontualmente. A maioria absoluta também é um bom fiador da sua política.
O pior será depois... quando o Partido estiver completamente esfrangalhado! Sem liderança firme, sem coragem para acções políticas assertivas o PS arrisca-se a trambolhar nas inclinações de voto e passar de uma M.A. para uma votação muito fraca.
Ainda por cima quando há no actual quadro partidário alguns lideres a fazerem boa oposição ao governo, deixando os socialistas quase sem fôlego.
Também pudera... ainda um caso não está resolvido e logo outro surge para enervar o mundo socialista. O PS necessita urgentemente que acalmar as suas hostes e ordenar algum decoro. A continuar assim o partido pagará caro!
Este governo está imparável já que as demissões sucedem-se a uma velocidade e quantidade que nem misseis soviéticos... sobre a Ucrânia.
Por este andar ainda me vêm aqui bater à minha porta a perguntar se quero ir para o Governo... Mentira... O PS ainda tem muita gente para arregimentar para o actual governo. Calculo eu...
De uma coisa tenho eu consciência: a real oposição ao gabinete de António Costa é feita dentro do próprio PS.
Talvez dito de outra maneira o actual Governo é o maior inimigo de si próprio. Que haja aqui e ali um ou outro erro dos governantes, compreende-se. Mas todos os dias lá vem mais um bomba noticiosa, tão do agrado de certos jornais e canais, parece-me pouco sensato.
Todos nós temos telhados de vidros porque somos humanos e há sempre... aquela tentação! Todavia quem aceita ir para o governo seja como Ministro, secretário de Estado ou um simples assessor de um qualquer governante deve, tanto quanto lhe for possível, estar afastado de certas polémicas. E se por algum motivo tiver demasiados "rabos de palha" o melhor será mesmo recusar o lugar.
O escrutíneo público é uma malha cada vez mais apertada onde só passam aqueles que realmente nada devem ou temem. O que no caso actual parece-me cada vez mais raro!
Finalmente uma palavrinha também a António Costa que está muuuuuuuuuuuuuito longe de outras perfomances governativas. É triste vê-lo diariamente tentar defender o indefensável.
Relembro que por muito menos Jorge Sampaio demitiu Santana Lopes e dissolveu a Assembleia da República, para depois entrar... José Sócrates!
Repito o que escrevi antes: a grande oposição deste governo é ele mesmo! Quem diria?
Ainda não li o livro do ex-Governador do Banco de Portugal, mas espero ler, acima de tudo para tentar ver esclarecidas algumas dúvidas que me assolaram tanto no caso BES como no caso BANIF.
Tenho do Doutor Carlos Costa a ideia de uma pessoa sensata, corajosa e séria. Aqueles dias de Agosto não foram fáceis. Recordo no caso BES muitas pessoas irem para a porta de sua casa invetivarem o antigo governador, algo que me pareceu na altura perfeitamente aberrante, traduzindo uma falta de respeito pela privacidade de cada um.
Temos mais uma polémica ao redor de uma suposta troca de cartas e mensagens entre o actual primeiro-ministro e o Doutor Carlos Costa. Um pouco de lavar de roupa suja que não enobrece nenhuma das pessoas envolvidas.
Sinceramente não me custa nada acreditar na tentativa de influência por parte do governo em algumas decisões do Banco de Portugal. Geralmente quem governa gosta de estender a sua influência tentacular para além dos limites dos ministérios e secretarias de estado. Faz parte!
Por isso náo entendo esta troca de galhardetes, justificações e esclarecimentos. O que está feito, está feito, ficou no passado. Para quê uma bravata desta envergadura? Parece-me um sacudir de asas para atemorizar adversários ou pior ainda esconder algumas verdades.
Por fim esta parte da história de Portugal, especialmente da área financeira, será um dia revisitada por alguém equidistante e sem quaisquer interesses a não ser apurar a verdade do que se passou a partir de 2014. Talvez nessa altura se faça justiça e culpe quem tem de culpar!
Não tenho ligado um caroço à campanha eleitoral, debates televisivos incluídos. E pelo que tenho lido por aí não perdi nada.
Percebi entretanto que esta noite haveria um debate entre o actual Primeiro Ministro e lider do PS, Doutor António Costa, e o líder do maior partido da oposição, Doutor Rui Rio.
Picou-me a curiosidade para perceber como o Presidente do PSD lidaria com alguma fanfarronice de António Costa. Fazia muito tempo que não assistia a estes debates, até porque já sei o que cada um diz e quer. Mas vi porque poderia haver surpresas. Que houve!
Gostei do debate e se AC começou até relativamente bem, com o caminhar do debate e com a chamada para cima da mesa de temas mais polémicos o senhor Primeiro-Ministro foi perdendo fulgor e estaleca enquanto RR foi sempre em crescendo.
Achei mesmo corajoso que o lider do PSD assumisse uma posição, por exemplo no que se refere ao salário mínimo, pouco popular. Poderia ter evitado, mas preferiu ser menos demagógico e mais realista.
Sinceramente gostei!
Os temas sucederam-se, mas Rio conseguiu (quase) sempre ficar por cima de AC (salvo seja!).
O tempo passou rápido, sinal evidente de que ambos se empenharam em responder tão bem quanto podiam ou sabiam.
Não imagino se este debate irá porventura influenciar algum eleitorado, mas tivessse eu dúvidas sobre em quem votaria, certamente que esta noite ficaria esclarecido.