Este será um tema do agrado do meu bom amigo João-Afonso Machado já que é assumidamente monárquico. Por este lado, sinceramente, nem sei o que sou porque nunca vivi noutro tempo que não fosse república.
Politicamente falando, as monarquias europeias surgem bem à frente das repúblicas. Suécia, Nouega, Dinamarca ou Países-Baixos são alguns exemplos de países desenvolvidos e com uma mentalidade bem mais esclarecida que os países republicanos. Seja na área económica, seja nas questões sociais e muito mais ainda na vertente ambiental. Recordo que o primeiro político a falar dos cuidados que deveríamos ter com o ambiente foi o Engenheiro Gonçalo Ribeiro Teles, também ele defensor da Monarquia.
Talvez por isso aquando da recente visita da Princesa Leonor de Bourbon como representante da Coroa Espanhola a Portugal, a herdeira da Coroa do nosso país vizinho tenha estado no Oceanário de Lisboa onde falou aos jovens presentes sobre a necessidade de proteção do ambiente e conservação dos oceanos.
Uma vez mais alguém de uma Casa Real europeia a dar a cara por aquilo que deveria ser uma procupação constante de todas as repúblicas.
Daqui segue o meu veemente aplauso para esta Monarquia Ambiental!
Ano após ano tenho vindo a perceber que a Mãe Natureza tem muitas formas de se pagar pelo mal que, constantemente, estamos a aprontar.
E por muito que tentemos dar a volta à coisa a verdade é que a Natureza leva sempre a sua avante. Ora seja através do "El nino" ou demais tempestades e catástrofes naturais.
Também a agricultura sofre, e de que maneira, com as constantes alterações do clima, seja através de secas prolongadas ou com chuvas abundantes fora de tempo.
Mas deixem-me exemplificar: tenho no meu quintal diversas árvores de fruto. Uma delas, a ameixeira costuma todos os anos carregar de tal forma que muita vezes tenho dificuldade em fazer desaparecer tanto futo. Todavia este ano deu seis ameixas que eu deixei na árvore para os pássaros comerem.
A 120 quilómetros de onde moro há uma pequena aldeia onde fui criado e onde ainda vive muita família. Povoado rodeado de olivais, em tempos teve dois lagares a trabalhar permanenetemente. è nestas terras castanhas e barrentas que normalmente semeamos as nossas batatas.
Cuido-se da terra atempadamente, mondou-se amíude da erva daninha, mas mesmo assim a terra que deu mais do que isto
Se juntarmos a este pequeno monte mais oito sacos ainda assim a apanha deste ano foi fraca. Choveu muito e em momentos inapropriados. Depois veio um sol forte que ajudou a erva a crescer.
Há dois anos o mesmo peso de batatas para semente deu entre três a quatro vezes mais que este ano. O ano passado a fartura já não foi muita e este ano ficámos assim!
De uma vez por todas façamos pelo ambiente o melhor que pudermos. Não tarda nada nem batatas saem da terra porque esta ficou... estéril.
Esta noite entre as 20 e 30 e as 21 e 30 apaguei todas as luzes cá de casa, numa tentativa de ajudar o ambiente e consequentemente o planeta.
O Homem é um ser pouco poupado. Enquanto tem... 'bora lá gastar! Depois quando não tem tenta correr atrás do prejuízo, por vezes com resultados pouco animadores. Enfim... (debitei um suspiro!)
O ambiente é o problema do século XXI e seguintes (se alguém de hoje lá chegar!). Algumas iniciativas são de louvar, mas são uma gota no oceano.
Se olharmos para a situação de uma maneira realista percebemos que poupamos num lado, mas gastamos no outro. O exemplo primeiro do que acabei de escrever são os carros eléctricos. É verdade que não gastam combustível fóssil, mas quanto se gastará para que um veículo destes seja montado? Falo obviamente desde a sua génese e de todos os seus componentes e respectiva fabricação até à saída da fábrica para ir para um qualquer consumidor.
Os ambientalistas lutam arduamente por um planeta melhor, mas gostaria de saber como contribuem e se já fizerem as contas para perceber esse melhoramento.
Mal comparado, esta gente faz-me lembrar os médicos de cigarro na boca a dizerem aos doentes que não devem fumar, porque faz mal!
Enfim (novo suspiro!)...
Apaguei as luzes durante uma hora! E tu também apagaste?
Estava eu preparado para escrever aqui mais uma parvoíce quando dei conta que activistas climáticos atacaram hoje o líder da AD, Luís Montenegro com tinta verde.
Provavelmente todos estes activistas ainda não eram nascidos quando um político, entretanto falecido, recebeu uns tabefes e uma paulada na Marinha Grande. Estávamos em plena campanha eleitoral para a presidência da República e a vítima do ataque foi Mário Soares, que nas sondagens da altura tinha apenas 6 por cento dos intenções de voto. Decorria o ano de 1986.
Na altura o empolamento ao ataque foi tão grande que Mário Soares acabou por ficar em segundo lugar obrigando a uma segunda volta e nesta levar o PCP de Álvaro Cunhal a aconselhar o voto em Soares, não obstante o ódio, quase visceral, do PCP pelo antigo fundador do PS.
Recordei-me deste bizarro episódio ocorrido há perto de 40 anos quando percebi estes ataques. Se a história se repetir o actual líder do PSD/AD tem a vitória, no próximo dia 10 de Março, garantida.
Porque sinceramente não estou a ver o Luís Montenegro com uma obra de arte!
A modernidade dá-nos rapidez nas nossas actividade básicas, despacho no acesso a toda a informação, mas retira-nos... memórias. Passo a explicar.
Há muito que deixei de manuescrever os meus textos. Agora basta simplesmente ter um editor de texto à mão e está metade do trabalho feito. Desaparecem os erros, as gralhas e até as palavras (digo eu!). Tem sido assim com os postais que vou regularmente publicando neste e noutros espaços! Todavia ultimamente ando empenhado em compilar uma séria de textos para cosntituir um novo livros. Feita a escolha juntei-os e decidi revê-los. No entanto ao invés do que faria supor aos leitores eu imprimi todos os textos em papel. Depois passei cada linha pelo meu crivio e fiz as alterações devidas, já alteradas no próprio editor.
Portanto tenho um ficheiro actualizado, mas onde não se percebe onde foram as alterações. Só que, desta vez, eu guardei a primeira versão em papel onde fiz as minhas anotações a vermelho.
Esta será assim a minha memória escrita que ficará do meu segundo livro. Pode hoje não ser importante. Pode mesmo nunca ser relevante, mas a verdade é que através da perservação deste património consegue perceber-se da evolução que um autor deu ao seu texto, neste caso... eu!
Agora irei imprimir a versão 2. E revê-la. E se ainda assim tiver muitas alterações irei guardar a segunda versão em papel. Até à versão final em livro.
Sei que são mais umas folhas de papel que se gastam, mas eu já faço muito para melhorar o ambiente!
Quem reside em Lisboa, principalmente nas rotas dos aviões que chegam e partem da capital deve viver sempre em sobressalto, já que um dia pode ter uma visita inesperada e mais que tudo indesejada.
Depois o som monstruoso dos motores que abafam qualquer conversa. Se adicionarmos a esta equação o movimento de veículos na zona do aeroporto de Lisboa temos a certeza de que a capital necessita de um espaço alternativo.
Este é um assunto recorrente na nossa sociedade. Uns dizem que deve ser Montijo, outros Alcochete e já foi Ota e até Montes Claros como eventuais candidatos a receberem um novo aeroporto.
Sei que para se construir um completamente de raiz serão necessários muuuuuuuuuuuuuuuuuitos milhões. Daí procurarem-se locais alternativos ao redor da cidade, minimizando despesas.
Como tudo o que o Estado faz em Portugal a nível de obras públicas há demasiados interesses instalados e se houver uma boa aportunidade de abichar mais algum... tanto melhor!
Nada me move contra ou a favor dos locais, mas percebo que tenha de haver um estudo profundo sobre os impactos ambientais e económicos de um novo aeroporto, seja ele onde for!
No entanto há uma hipótese que deveria ser considerada mesmo que seja a uma distância em linha recta de 130 quilómetros e que se chama Beja.
Faltará a este terminal os melhores acessos rodoviários e ferroviários, mas feitas bem as contas o que ficará mais barato para o país: um aeroporto feito de raiz ou aproveitar uma estrutura que já existe, bastando acrescentar meios terrestres de chegada e partida?
Gostaria então que me provassem por A+B porque é que Beja não serve para aeroporto alternativo! Mas com valores que é para eu perceber melhor!
Entre os meus bons amigos e familiares há muitos caçadores. Algo que nunca fui!
Sei também que esta malta da caça tem perante o seu gosto, vício, desporto ou o que lhe quiserem chamar, uma postura muito própria... Arrisco mesmo a dizer cooperativista.
E nem conta saber se são de esquerda ou de direita, católicos ou ateus, doutores ou simples pedreiros. O único intuito é caçarem e, quiçá, comerem e beberem juntos contando cada um a sua mentira mais afoita no que à arte venatória diz respeito.
Nada disto me aborrece nem me preocupa. Sei que a caça é um desporto caro, a que só alguns conseguem chegar.
Lembrei-me de escrever este postal hoje porque, como sabem, tenho andado à azeitona aqui nestes terrenos inóspitos onde somente os judeus conseguiram que as pedras aceitassem as oliveiras como companhia. Nestas fazendas de alguma (pouca!) terra vermelha e barrenta e muitas pedras de todos os tamanhos e feitios, nasce algum mato que eu tenho tentado controlar com intervenções constantes (e caras!)!
Nestes últimos cinco dias deparei com algo que me entristeceu e cujos autores serão certamente associados de alguma colectividade com interesses na caça.
Aborreceu-me olimpicamente que o chão seja o destino final dos cartuchos que os caçadores disparam, sujando uma propriedade que não é deles. Pior... sei que por lei são obrigados a recolher os invólucros. Todavia não o fazem, ousando alguns em esconder nos buracos das pedras o seu rasto venatório.
Estas fotos são um pequeníssimo exemplo do que escrevi supra. Como já disse não me importo que cacem naquilo que é meu, mas na mínimo o que posso exigir é que deixem o terreno como o encontraram.
Entretando espalhei umas garrafas vazias de 1,5 litros pelo terreno com alguns cartuchos dentro para que percebam o que não deveriam fazer... que é simplesmente abandonar tais invólucros.
Por fim espero que nenhum dos meus amigos caçadores tenha a coragem de deixar o seu cartucho para trás. Se o fizerem, acreditem, ficaria bem desiludido!
Estou prestes a dar início à campanha de azeitona que como em anos anteriores se compõe de duas fases.
A primeira principiará no próximo sábado por terras ribatejanas onde o meu pai já apanhou 484 quilos tenho a safra resultado em 69 litros de azeite. O que perfaz a boa média de sete quilos de azeitona para dar um litro de azeite. A segunda só para o fim do mêse será já na Beira Baixa.
Só que as minhas campanhas de azeitona têm uma característica comum todos os anos: chove sempre! SEMPRE!
Pelos diversos sítios no mundo da internet e que devolvem informação metereológica todos confirmam que no próximo fim-de-semana as temperaturas irão cair e a chuva reaparecerá com força.
Quase sou forçado a dizer: querem chuva? Entáo enviem-me para a azeitona e verão como ela cairá! Tanto faz que esteja no Ribatejo ou na Beira Baixa...
No entanto o que conta mesmo é que eu vá à azeitona! Gosto de comer bom azeite!
Talvez já não se recorde mas em 2017 maia propriamente a 15 de Outubro desse malfadado ano deflagraram uma série de incêndios que causaram 50 vítimas mortais e mais um número elevado de feridos.
Quatro meses antes na zona de Pedrogão um incêncio de enorm~issimas proporções originou a destruição de centenas de casas, a morte a 66 pessoas e muitos feridos.
Portanto no mesmo ano dois eventos horrorosos e que jamais deveriam ser esquecidos! As razõees para estes casos foram apontadas a trovoadas secas, às altas temperaturas e ao desmando florestal.
Vivemos hoje, mais uma vez, temperaturas demasiado altas para a época! O Sol às três da tarde parecia lume. O vento nem se sente. Quem paga é a horta já que as couves sofrem a bom sofrer com este inusitado calor.
Nem imagino como será na minha aldeia com alguma malta já à azeitona! Há uns anos também foi assim... demasido calor que quase causava desfalecimento.
O clima está mudado. Tão mudado, que de clima temperado em Portugal estamos já na fase pré-tropical! É certo que a chuva não fica lá em cima, mas provavelmente cairá onde fará menos falta e em quantidades quase diluvianas.
Portanto cabe-nos tentar cuidar da nossa floresta, do nooso ambiente para que os incêndios não deflagrem!