Acordei cedo já que queria aproveitar o dia o mais possível. Arrumei a mala, fiz ckeckout e parti para a vila para uma visita.
O dia nascera claro e não obstante a hora quase madrugadora, previa-se um dia muito quente.
Parei o carro bem perto do centro e fui tomar o pequeno almoço. Uma sandes mista e galão e que vieram assim:
Quase um almoço...
Após o café foi o momento de visitar finalmente Alcoutim donde se destaca o seu castelo altaneiro degladiando-se com o castelo castelhano pela melhor paisagem.
No interior alguns vestígios do que terá sido o castelo.
As ruas da vila floridas e alvas anunciam que o Alentejo está ali quase ao lado,
O Guadiana separa sw forma natural um casamento entre duas povoações de países diferentes, mas que se estimam e se compreendem, desde que o negócio de contrabando animava e sustentava as famílias, enquanto enganavam a polícia fronteiriça de ambos os lados, aqui muito bem representada.
Após um longuíssimo almoço em Vila do Bispo, parti com destino a Alcoutim.
Apanhei a estrada 125, mas rapidamente me arrependi da escolha, tal o trânsito que apanhei. Ainda assim passei por dentro de Lagos da qual fiquei com boa impressão e obviamente com vontade de regressar mais para a Primavera.
Eis-me então na Via do Infante transformada numa A qualquer coisa para haver cobrança de portagens e saí em Tavira em busca dos doces regionais do Algarve. Há uns anos largos, aquando das minhas férias em Manta Rota, fui à cidade do ciclismo comprar uns doces fantásticos. Portanto tentei repetir a graça, que após muita volta consegui fazê-lo com exito.
Voltei à auto-estrada até encontrar o desvio para Alcoutim. A temperatura externa do carro começava a subir de forma muito gradual. Começara no Barlavento com 26 graus e agora já acusava 35 graus. Eram 7 da tarde!
Chego a Alcoutim já um pouco tarde. Faço o respectico check-in no hotel e parto em seguida para o centro da vila.
O nosso léxico é rico, mas dificilmente encontrarei palavras suficientes para descrever a vila que encontrei... De mãos dados com a povoação espanhola Sanlúcar do Guadiana e tendo o rio somente a separá-las, Alcoutim é assim uma espécie de Hallstatt austríaca.
O jantar foi numa esplanada no centro da vila. Eram 21 horas e algures vi a temperatura de 38 graus... Irrespirável!
Quando a noite caiu totalmente a outra margem, isto é Espanha, via-se assim.
Parti muito cedo de casa. O destino primeiro seria Sagres e a sua fortaleza que era uma ideia e um desejo muito antigo. Depois o Cabo de S. Vicente para terminar o dia em Alcoutim onde pernoitaria.
Quase dois dias para fazer 851 quilómetros. Que se fez muito bem não obstante o calor tórrido que apanhei.
A espectativa por Sagres e o seu promontório era grande. E não fiquei nada desiludido, bem pelo contrário. O local é diferente do que já vi, mas reconheço que aquele lugar está carregado de história de Portugal. Sente-se...
Fortaleza de Sagres
Ao longe o Cabo de S. Vivente com o seu farol parecia chamar por mim...
Porém da parte de dentro das muralhas da Fortaleza descobre-se um Mundo diferente não somente lá dentro, mas também circundante. As rochas características,
as gaivotas atentas,
as praias (agora) quase desertas
o mar verde e cristalino.
Após um passeio longo e demorado seguiu-se o Cabo de S. Vicente. Outro sítio bem bonito e onde começa a bela costa vicentina.