As inverdades da internet!
Há muito que dou conta que as pessoas, especialmente as mais velhas, perante o cepticismo de alguns desculpam-se quase sempre com “li num jornal” ou “escutei na televisão”, como se estes órgãos de informação fossem, na actualidade, donos de verdades absolutas.
Hoje a informação chega-nos por diferentes vias, algumas delas sem qualquer pingo de regras éticas já que tudo é válido para se tornar notícia. E quanto mais escabroso, negro ou violento… melhor! Depois surgem os escândalos como o mais recente na BBC. No jornalismo nem tudo deverá servir para se ter uma fantástica novidade para divulgar. Porque a verdade surgirá mais tarde ou mais cedo.
Porém aquela postura, de em tudo acreditar naquilo que se publica, não é unicamente apanágio dos mais velhos. Os mais novos também sofrem de grandes influências exteriores que lhes caem nos braços (eu diria melhor… nas mãos) através da internet.
Esta recente maneira de obter informação incorre nos mesmos erros daqueles que usam jornais ou televisões, já que todas as notícias têm diferentes interpretações.
Um dos exemplos que vou notando prende-se com as doenças. Uma pesquisa informática sobre uma qualquer maleita, dá demasiada resultados dos quais dificilmente conseguimos extrair a informação mais válida ou mais sensata. E pior… é que em vez de ajudar, o que se escolhe ler e assumir, pode levar-nos a vivermos dramas interiores e por vezes irreversíveis.
Portanto é necessário ter muito cuidado com:
- as origens do que se lê:
- a forma como interpretamos o que vamos lendo;
Assim acredito que a internet pode ser (e +e certamente) algo muito útil, desde que saibamos impor as nossas próprias regras quanto aos dados que nos foram presenteados. É que pela internet vagueia muito mais inverdades do que se julga.