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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Penduras perigosos!

Quem conduz sabe (ou deveria saber) que há regras que deverá seguir e situações que deve evitar: o abuso do álcool, das drogas, o excesso de velocidade ou as manobras perigosas.

Todos estes factores poderão contribuir para menor segurança na estrada, seja para o condutor, para os passageiros e certamente para os outros que também andam nas vias públicas!

No entanto há outros factores que podem originar acidentes e que raramente são referidos ou por desconhecimento ou porque nunca se percebe como as coisas aconteceram. Uma delas está ligada ao tabaco e ao uso do cigarro dentro da viatura. Basta um borrão cair no colo do condutor para logo surgir uma distracção com consequências impensáveis.

Todavia o pior para qualquer condutor será sempre um... mau pendura!

Aquela ideia do pendura que se considera um co-piloto de quem conduz parece-me assaz errada. Não sei se conhecem o estilo... mas eu conheço, para mal dos meus muitos pecados!

O pior pendura não é aquele que tem carta e que conduz, mas aquela pessoa que nunca aprendeu a conduzir e que se considera o ás do volante.

Tenho na família um exemplo destes, tão estremado que me irrita olimpicamente. Certo dia sentada no tal lugar começou:

- Olha aquele carro... vais muito depressa (iria pra'í a 40!)... cuidado com a camioneta... olha o sinal...

E mais não sei quantas chamadas de atenção. Um verdadeiro suplício.

A determinada altura parei o meu carro na beira da estrada e solicitei de forma educada que saísse enquanto chamava um táxi. A pessoa em causa aflita pela expulsão da viatura prometeu que se calaria até a casa. E assim fez.

Estes acompanhantes são, em termos automobilísticos, um verdadeiro perigo. Autênticos atentados aos condutores e provavelmente responsáveis involuntários por estranhos acidentes. Muito mais que o excesso de velocidade ou aquele miligrama a mais de álcool no sangue!

Seria bom pensar-se numa campanha contra todos os penduras... perigosos!

Tem a palavra a Prevenção Rodoviária Portuguesa!

Diferentes velocidades!

Quando adei a aprender a conduzir, já faz muuuuuuuuuitos anos, retive uma ideia que o instrutor me disse certa vez.

- Há uma enorme diferença em«ntre excesso de velocidade e velocidade excessiva.

Para logo a seguir explicar:

- Excesso de velocidade existe quando transitas na estrada a uma velocidade superior àquela que é permitida por lei. A velocidade excessiva não tem limite e significa que vais a uma velocidade perante a qual não conseguirás parar no espaço livre e desimpedido à tua frente.

Esta teoria têm-me acompanhado desde sempre e sinceramente não me tenho dado mal. Obviamente que já fui multado por excesso de velocidade, mas nunca tive problemas em velocidade excessiva. Até agora!

Hoje saí de casa para ir a Lisboa tratar de uns assuntos. O curioso ou estranho é que no caminho encontrei diversos acidentes que atrapalharam, e de que maneira, o trânsito citadino. A coincidencia é que foram todos acidentes que poderiam ter sido olimpicamente evitados, bastando para tal que tivessem tido um instrutor de condução como eu tive.

Os homens e os carros

Nunca percebi muito bem a relação que os homens têm com as suas viaturas. Para a maioria daqueles um carro é uma extensão de si mesmo, como se fosse mais um braço, uma perna, um orgão.

Serei provavelmente a excepção já que a minha viatura é um simples objecto para meu uso tal como é este portátil onde escrevo estas pobres palavras ou o telemóvel através do qual me ligo a tanta gente.

Mas esta estranha relação entre carros e respectivos condutores quase sempre culminam em acidentes, por vezes graves. Essencialmente porque os condutores consideram-se os melhores do mundo e consequentemente perfilam da ideia de que as suas viaturas como... imbatíveis.

Talvez seja por tudo isto que quando conduzo, principalmente nas vias mais rápidas, noto que há cada vez mais gente a andar (demasiado) depressa, como se fugissem de alguma coisa. E nem vale a pena as sucessivas campanhas das autoridades contra o excesso de velocidade, pois nenhum desses automobilistas apressados sente que a campanha é para eles e somente para os outros, quando no fundo é para todos os que andam na estrada!

Cinto que é a solução...

O caso do trágico acidente na Madeira levanta uma série de questões sendo a principal o uso do cinto de segurança nos autocarros.

Se nos automóveis a lei tem de ser cumprida à risca a menos que queiramos ser brindados com umas multas bem pesadas, já naquele tipo de transportes parece-me haver alguma flexibilidade para náo chamar outra coisa (leia-se permissividade).

Dá mesmo a sensação que os transportes de passageiros estão completamente imunes a acidentes rodoviários de extrema gravidade, que como infelizmente se constatou é uma falácia.

É verdade que os acidentes acontecem quando menos se esperam. Também nada garante que se os passageiros alemães tivessem os cintos colocados não morressem.

Deste modo faça-se, de forma rigorosa, cumprir a lei usada para os carros nos veículos pesados, sejam eles de passageiros ou de mercadorias.

Um caso seguro

Raramente vejo televisão. Um filme aqui e outro ali são para mim suficientes. Mas naquele início de noite estava acompanhado e fiquei a escutar as notícias que outros queriam ouvir. E de repente falou-se de um acidente de viação em S. Jacinto junto a Aveiro. A notícia parecia não ter grande interessse quando percebi que o veículo se despistara e caíra na ria de Aveiro.

O condutor conseguiu salvar-se com a ajuda de um pescador mas o pendura acabou por morrer afogado preso ao carro pelo cinto de segurança, desesperadamente solicitando por ajuda que chegou demasiado tarde. Morreu tragicamente consciente do seu destino.

Sou há muito radicalmente contra o uso de cinto de segurança, especialmente no trânsito citadino, já que aceito que nas grandes distâncias convém usar esse acesssório. 

Aquele evento deu direito a debate familiar. De um lado estava eu a lutar contra uma lei que considero absurda, do outro a defesa intransigente do diploma que me obriga a usar o cinto.

Vencido mas não convencido, considero que estes tipos de leis servem outros interesses que não os dos condutores. Por acaso não terão sido as seguradoras a apertar o cerco aos constantes governos para publicarem tal lei? Uma questão para a qual nunca teremos uma resposta válida.

Falam-se dos custos sociais que acarretam as mortes em acidentes de viação. Até posso aceitar... No entanto está provado cientificamente que fumar faz mal e mata prematuramente. Mas não há governo que proiba as pessoas de fumar. Porque será? E agora já não há custos sociais com estas mortes?

Bom, detesto que o governo mande na minha casa e na minha carteira mais do que já manda. Mau feito, eu sei!

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