As armas somos nós!
Cada vez estou mais convencido que a 3ª Guerra Mundial é hoje uma dura realidade.
Se a história mais ou menos recente nos trouve milhões de vítimas mortais, não é menos verdade que as actuais formas de guerra não matarão tantas pessoas como as anteriores (mas provavelmente, nem isso), mas identificamos cada vez mais a morte de valores conquistados faz muito tempo.
Falo obviamente de algo como a liberdade, seja esta de ideias, religiões ou até sexual. Falo da liberadde de imprensa e de opinião. Falo de algo mais simples como é a liberdade de escolher.
Pode parecer estranho esta conversa, mas a forma como esta guerra de está a alargar (e alastrar) sem que ninguém a consiga deter, surge como pano de fundo de um Mundo que não sabe como lidar com as diferenças.
O terrorismo não é, por si só, a 3ª guerra, mas o detonador infeliz que coloca no coração de um qualquer ser humano um sentimento de medo profundo!
É esta bizarra evidência a verdadeira guerra. Durante séculos as armas bélicas ganharam e perderam conflitos. As batalhas antigas eram autênticos jogos de guerra onde os actuais programadores informáticos se inspiraram (e ainda insperam) para criarem as suas aventuras. Todavia as novas técnicas de luta colocam cada um de nós como arma única.
O sentimento de receio na insegurança, que cada vez mais vimos instalado nas nossas ruas, transportes ou empregos e principalmente nos nossos espíritos é a tal arma que não comprámos, que não desejamos mas que os nossos inimigos sabiamente usam contra nós.
Como combatê-la? Talvez com a coragem de não nos deixarmos atemorizar por qualquer acontecimento mais trágico. Se assumirmos o medo, estamos a entrar na guerra sem o sabermos, apresentando então os nossos inimigos mais confiança e mais sabedoria nestes novos conflitos.
Assim a vitória será sempre deles!