2012 - Ano Louco em Portugal?
Aí está um ano acabadinho de chegar.
Um ano que nos vai exigir muito de nós.
Um 2012 a pedir de todos maior sentido de responsabilidade, ainda mais capacidade de sacrifício, mais força para enfrentar o (mau) dia a dia.
Mas também um ano que pode ser o acordar para uma viragem no nosso país. Temos de ter consciência que sem trabalho nada se tem, que sem esforço conjunto não é possível ajudar este rectangulo à beira mar plantado.
Durante demasiados anos Portugal viveu do que não tinha. Empanturrou-se sem saber nem se preocupou como pagar. E deixou para o futuro esses créditos tóxicos. Assim é importante termos a noção que os sacrifícios redobrados que aí vêm são também uma forma de purgar a nossa sociedade.
Reconheço que não é fácil admiti-lo, mas também é essencial colocar o dedo na ferida e chamar as coisas pelos nomes. A purga que me referi atrás abate-se essencialmente em empresas mal geridas sem qualquer viabilidade económica e que acumulam prejuízos atrás de prejuízos não criando ao país qualquer riqueza, bem pelo contrário. A purga tem de recair sobre o mercado laboral, com tantas famílias desempregadas com capacidades tecnicas para trabalhar mas tamponadas por uma legislação laboral que não permite ao patronato despedir e admitir trabalhadores mais qualificados e claramente mais competentes. A purga tem de escolher entre os que querem mesmo trabalhar e aqueles que apenas pretendem um emprego ou, pior ainda, pretendem viver unica e exclusivamente de subsídos.
Aceito que não é fácil mudar a mentalidade de um povo habituado a ter um emprego para a vida, mas é aqui que reside, talvez, o maior dos nossos desafios: perceber que algo mudou ou estás prestes a mudar e que temos capacidade para aceitar as alterações e ultrapassar os desafios.
Obviamente que o esforço que aí vem deve caber a todos os portugueses, sem excepção.
Bom 2012!