Apanhada por acaso, a foto infra foi tirada quando cheguei a casa vindo da praia na passada quarta-feira. O Indiana Jones dizia que o X nunca marcaria o local. Também não sei o que encontraria naquele entroncamento branco por cima do anil.
Há muuuuuuitos anos havia um aviso rodoviário na televisão e que era muito curioso. A cena passava-se num deserto onde surgia um cruzamento tendo um dos lados um sinal de "STOP". Eis então uma viatura e que não obstante ter visão para todos os lados parou no sinal vertical à sua frente. Logo vinha a frase:
"Até no deserto o STOP é para parar"-
Muitos anos volvidos chega-me a foto infra captada em pleno deserto do Saara e para a qual tenho algumas dúvidas em legendar. Seguem três hipóteses, avançados por mim, mas se tiverem outra que se coadune mais façam o favor de dizer.
Foto de J.P. Ribeiro
Hipótese 1 - À dúzia os camelos são mais baratos;
Hipótese 2 - Onde está o "STOP"?
Hipótese 3 - Com este trânsito mais vale descansar!
Este Verão antecipado, mesmo que seja por poucos dias segundo já apurei, remete-me para a fotografia abaixo.
Adoro uma bela sardinhada. E não me preocupa se há batatas ou salada. Desde que haja sardinhas, pão e bom vinho fico nas minhas "sete quintas".
Há muitos, muitos anos na aldeia havia festa. Daquelas com arraial e tudo o que se espera e deseja nestas festarolas. A determinada altura deu-me a fome. Já trabalhava e assim graveto era algo que não me faltava. Juntei-me mais uns amigos e enquanto eles pediram frango assado, este pobre de Cristo pediu sardinhas.
Comemos até nos fartarmos, noite dentro. Consciente do meu estado etílico, que não sendo nada grave ainda assim era mais parvo do que o costume, nem saí do meu lugar para um pézinho de dança.
Já madrugada pedi a conta e quando chegou "a dolorosa" conferi que havia comido duas dezenas de sardinhas e bebido duas dúzias de "mines". Uma bestialidade, confesso!
Saltando para a actualidade já sinto saudades deste petisco.
O título deste postal remete-nos para 1455, em Inglaterra, onde se iniciaram umas bravatas naquelas terras de sua Majestade. Mas obviamente não é de batalhas que venho aqui falar, mas apenas de uma luta entre as rosas do meu jardim que principiaram com este Sol a arrebitar.
Esta é uma vulgar rosa... cor-de-rosa. Mas é tão bonita que deduzi que ficaria bem neste desafio. Depois desta que já teve, por aqui, os seus momentos de fama e glória, venho com esta pujante e bonita... rosa.
Tenho diversas máquinas fotográficas. Comecei com uma Yashica que tem nmis de 40 anos, ainda a película, para depois surgirem outras mais modernas, digitais e prontas a disparar (enqunto houver bateria).
Há uns tempos largos a minha neta apercebeu-se do uso da máquina fotográfica e pretendeu também experimentar. Sob a minha atenta supervisão ela disparou sobre tudo e todos. Certo é que com o tempo foi-se aperfeiçoando. E se há coisas que ela fotografa sem gracinha nenhuma, há outras que têm imensa piada... Diria de artista consagrado.
Como o exemplo da fotografia infra, que quando a vi achei bem interessante. Creio que a cachopa de somente quatro anos tem queda para a coisa. Espero é que saiba onde e quando cair!
No final do ano passado encomendei a uma empresa francesa esta roseira. Assim que chegou plantei-a e depois o Inverno frio e chuvoso fez o resto. Enquanto as outras ainda não estavam podadas já esta crescia pujante.
Tem mais uns botões a crescer e hoje ao fim do dia tirei esta foto.
Fui sempre pessoa de usar um bom perfume. Geralmente nunca comprava o da moda nem aqueles que eram muito publicitados.
Sempre gostei de aromas amadeirados e por isso a água de colónia que usava e ainda uso (se bem que agora com outros odores) custa "uma pipa de massa". Mas como passo muito tempo em casa dá para muito tempo.
Todavia o que é que um perfume tera de ligação com o tema de hoje, perguntar-me-ão com toda a propriedade.
É que a naturaza tem aromas e odores fantásticos. Basta cheirar uma rosa ou colocar a mão num mangerico... Porém o perfume maior da natureza será sempre o de uma laranjeira em flor.
Como a minha do meu quintal e que a foto infra ilustra.
Sempre que o dia tem um bocadinho de sol aproveito e vou com a minha neta até ao parque infantil. Esta semana tive essa oportunidade e geralmente vamos de tarde, quando há menos concorrência infantil, já que no horário matinal há uma série de infantários que vão também ao parque com as suas crianças.
Posto isto entrei no recinto vazio. A cachopa procurou logo o baloiço para depois passar para outros aparelhos: um mini carrocel, um cavalo assente numa mola, uma prancha de sobe e desce para duas crianças e por fim o indispensável escorrega.
Neste último alinho com a miúda no jogo das escondidas. Como o topo das escadas é mais alto que a minha cabeça, escondo-me ali e lá vou brincando.
Estava eu neste despautério com a garota quando dou de caras com esta frase que logo fotografei.
Nada no texto é estranho, especialmente para quem é mais velho. Só que este local é assiduamente frequentado por uma juventude escolar muito carente… de alegria infantil. Talvez por isso ocupem este espaço de forma alastrativa e sem cuidado. Todavia por vezes sintam vontade de filosofar…
Esta foto não foi feita por mim, porém mostra algo que é património meu. Nesta fotografia conseguem-se ver para além das pedras e um pedaço de terra, duas oliveiras e uma azinheira. Conta-se na família que este terreno foi do meu avô, que cavava por entre as pedras (gente afoita!!!), mas as duas oliveiras aqui apresentadas eram de outra pessoa. A azinheira é muito recente e portanto nunca entrou neste acordo, simplesmente por não existir.
Estas duas árvores dão uma azeitona denominada... lentrisca. Nos anos favoráveis e quando não foram muito podadas estas duas alminhas já chegaram a dar 12 sacos de azeitona. O azeite extraído destas azeitonas é muito fino, tão fino que quase nem sabe a azeite.
Cada uma delas ocupa uma enporme área, porque não sendo muito altas alargaram no seu perímetro. Houve já quem pretendesse fazê-las menos largas, mas eu quero-as assim. Gosto delas desta forma porque são únicas.
Em 2019 entre ambas um padre realizou ali uma eucaristia, que me deixou profundamente comovido.
Finalizo que é sob qualquer uma destas oliveiras que desejo que enterrem ou espalhem as minhas cinzas.
A água que corre entre as galerias ripícolas assemelha-se por vezes à vida que cada um vai vivendo.
Eis um exemplo de uma ribeira que mesmo de caudal quase invisível vai correndo por entre pedras, ramos e folhas até a um ribeiro maior, por sua vez criou uma albufeira, para após muitos quilómetros acabar no Tejo e mais tarde no Oceano Atlântico.
Também a vida começa muito pequena para ir crescendo conforme vamos ficando mais velhos. Ums vezes andamos devagar, outras mais depressa para no fim da vida desaguarmos num mundo que nunca conhecemos.