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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A água e a vida!

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Resposta a este desafio!

A água que corre entre as galerias ripícolas assemelha-se por vezes à vida que cada um vai vivendo.

Eis um exemplo de uma ribeira que mesmo de caudal quase invisível vai correndo por entre pedras, ramos e folhas até a um ribeiro maior, por sua vez criou uma albufeira, para após muitos quilómetros acabar no Tejo e mais tarde no Oceano Atlântico.

Também a vida começa muito pequena para ir crescendo conforme vamos ficando mais velhos. Ums vezes andamos devagar, outras mais depressa para no fim da vida desaguarmos num mundo que nunca conhecemos.

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Arrefecimento global!

Pois é... enquanto vamos lendo que o planeta tem sido sujeito a um aquecimento global, essencialmente devido à libertação de gazes poluidores, por aqui vou assumindo que esse aquecimento ainda não terá chegado.

Especialmente na água do mar!

Estou mais ou menos de férias e tenho ido todos os dias à praia. A verdade é que a água do mar continua límpida, quase cristalina, mas estupidamente gelada. Tão fria que nem consigo tomar um banho a sério na água do mar.

É que o choque de temperatura é tão grande que tenho algum e fundado receio que o meu coração entre em parafuso e se desligue. Se para muitos seria uma alegria, ainda não estou nesse patamar e tendo em conta o que ainda tenho em conta fazer... não me apetece ir embora já!

Depois de ter conhecido diversas praias portuguesas continuo a preferir esta da Costa, que se inicia na Trafaria e termina bem perto do Cabo Espichel.

Obviamente que esta preferência não será pelo seu arrefecimento global!

Quem diria?

Diz o povo na sua costumada sabedoria que "não há fome que não dê em fartura". É o que tem acontecido nos últimos dias em Portugal devido à chuva.

No Verão passado as notícias para além da Guerra na Ucrânia falavam quase sempre do mesmo: barragens vazias, rios secos, escassez de água. Obviamente que era muito importante alertar as pessoas para o desperdício de água.

Passado esse tempo de fome vivemos tempos de fartura de água. Mas outrossim fartura de tragédias, de inundações, de vidas viradas do avesso.

É por demais conhecido que este rectângulo desabituou-se da chuva e vai daí toca a construir "sem rei nem roque" por tudo quanto é um espaço vazio. Depois... é o que se sabe!

O dia de hoje foi terrível. A chuva caiu com intensidade e de forma persistente condicionando a vida a muita gente.

Mas o dia haveria de mudar um pouco. De tal forma que ao fim da tarde tirei esta foto de um quase pôr-do-sol.

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A foto tirada com telemóvel não ficou nada de jeito, mas apenas serve para perceber que Portugal é quase açoriano: tem as quatros estações num só dia!

 

Os especialistas!

De vez em quando surgem nas televisões e nos jornais uns especialistas que assumem umas ideias para o futuro muito... cinzentas.

Estávamos ainda em pleno e seco Estio quando alguém me disse que escutara um desses especialistas a dizer que até final do ano não choveria.

Logo nessa altura eu contrapus com a ideia de que esses especialistas podem saber muita coisa, mas não controlam a Natureza. De todo e ainda bem!

A prova de que eu não sendo especialista percebo mais da coisa que eles, é que desde há umas semanas que a chuva não pára. E não são uns aguaceiros quaisquer... são bátegas longas e fortes que tudo encharcam e alagam.

Soube que na aldeia as ribeiras mais pequenas já correm em direcção à ribeira maior, sinal evidente que as terras já se encomntram bem encharcadas e não conseguem absorver a água de cai do céu. Falta agora um pouco de frio para vir a neve, também ela em alguns casos benfazeja.

Resumindo os especialistas têm de se especializar mais...

A fonte velha!

Será talvez o local que mais fotografo. Ou mais recentemente gravo em video.

A aldeia onde fui criado não tem uma fonte, um pequeno ribeiro, uma charca. Desde sempre os aldeões habituaram-se primeiro a fazer poços fundos na terra para ali guaradarem a água que o Outono e Inverno ofereciam para depois construirem dentro de casa reservatórios que apelavam também a água da chuva. Depois atiravam para lá uns peixes que tinham como função limpar a água de alguma impureza.

A aldeia onde estou é o inverso da anterior... Por aqui há fontes em todo o lado e diversos ribeiros que circundam a povoação. Depois quase todos os terrenos rústicos têm um ou mais poços.

Mas de todas as fontes que eu conheço esta é a única que nunca seca. Ainda este ano com o calor que esteve e a fraquíssima pluviosidade a fonte continuou a jorrar água fresca. Obviamente que não tinha a mesma intensidade desta altura, mas mesmo assim é um prazer conseguir ter esta fonte a 20 metros de casa, onde ainda hoje enchi a barriga... de água!

 

Chamam-lhe a Fonte Velha que dá até nome à rua, contudo será sempre nova enquanto me brindar com tão preciso líquido.

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Serenidade!

A Ribeira do Ocreza nasce das entranhas da Serra da Gardunha e desagua no Tejo já como rio afluente e não como ribeira. Algures pelo caminho sobe de nível...

Cruzo-me muitas vezes com ele na aldeia beirã mais atrás ou mais à frente na sua descida, dou por mim demasiadas vezes a parar e a mirar aquele correria que me dá uma serenidade.

Depois das últimas chuvas a ainda por aqui ribeira, esta tem já um caudal assinalável. Dá vontade de perguntar: onde vais tu com tanta pressa?

Desmanchar de feira!

Decididamente este ano não é propício para a agricultura.

A falta de água foi certamente a maior das razões, mas não só! Um clima atípico com enormes amplitudes térmicas em poucos dias, Por vezes chuva intensa quando deveria já haver mais sol e muitos dias (demasiados!) sem uma pinga de água.

Na terra como em quase tudo na vida o mais forte tem mais facilidade em sobreviver, Vai daqui na sementeira de batatas a erva apoderou-se da pouca água de caiu e logo aquelas sofreram para se criarem.

Posto isto nem mesmo com rega, este ano, os meus tomateiros foram férteis. Como se aproxima a época da plantação das couves decidi por arrancar a maioria dos tomateiros. Especialmente aqueles que deram menos tomates.

Desmanchar esta feira não é fácil porque há muitos atilhos que tento recuperar para os próximos anos

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Restaram somente os de enxertia (é assim que são conhecidos!!!) 

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E uns outros deveras muito parecidos com os anteriores mas que tiveram origem nos Estados Unidos e dão pelo simpático nome de "Ponderosa Pink". Estes são muito saborosos e duram meses sem irem ao frigorífico.

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Agora vou esperar que a chuva regresse para poder depois cavar a terra para voltar a dispôr as couves brancas que enchem a Consoada.

 

Poupar água!

Há muito que calculei que estes tempos chegariam. A água potável tornar-se-á o petróleo do século XXI. Infelizmente!

Na minha vida corrente tento gastar o menos possível de água. Seja na lavagem da loiça, seja da roupa ou essencialmente nos banhos.

Todavia hoje descobri uma maneira de se tomar banho sem gastar muita água. É fácil, muito fácil mesmo, só requer um pouco (provavelmente eu diria muito!!!) espírito de sacrifício. Mas é por uma boa e honrada causa.

Vamos lá ao meu conselho: experimentem tomar banho apenas com água fria. Faz o mesmo efeito que a quente e demoramos muuuuuuuuuuuuuuito menos tempo debaixo do chuveiro. Perguntar-me-ão: no inverno também? Essencialmente no Inverno.

Verão como a conta da água desce vertiginosamente! Bom... desde que não reguem a relva 10 minutos de cada vez!

Inventar o (im)possível!

De vez em quando ou quando convém, o mundo acorda para a realidade ambiental. Na maioria das vezes só acontece quando há uma seca como a que vivemos actualmente ou cheias que tudo levam na frente.

Mas falemos então da falta de água.

Este tão precioso líquido parece escassear cada vez mais por todo o lado. A temperatura média do planeta tem vindo a subir o que naturalmente causas efeitos catastróficos por toda a Terra.

A ameaça da subida dos oceanos deixou de o ser, para se tornar uma triste realidade. E por aquilo que li é provável que até ao fim deste século algumas ilhas deixem de existir. Todavia a maioria das pessoas não querem acreditar...

Entretanto há uns dias lembrei-me duma exposição que vi em Belém envolvendo veleiros da conhecida regata Ocean Race. Nessa mostra, apercebi-me, entre outras coisas, que a água doce que bebiam e usavam teria a sua origem no mar. Mais... li também que para se obter um litro de água doce eram necessários mais de 40 litros de água salgada. E levava ujma imensidão de horas a... dessalinizar.

É por todos sabido que o homem evoluíu muito nos últimos 100/120 anos. Consegue em várias disciplinas fazer coisas que há um século era somente mera ficção científica. Talvez por tudo isto pergunto-me se ainda não houve um cientista a aproveitar-se da água salgada para a transformar em água doce, em pouco tempo, evitando com isso que a seca se prolongue ou então a simples invenção de um motor à base de água.

Provavelmente até já houve quem inventasse, mas com actual estado político do Mundo não terá sido possível a passagem da teoria para a prática, pois calculo que haja demasiados interesses na produção de "Ouro Negro".

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