Não ao autor, que apenas nos vimos e jantámos praí um par de vezes, naqueles ajuntamentos de afinidades clubísticas, blogueiras e barulhentas, mas a mim mesmo, já que o prometido é de vid(r)o, como diria o meu amigo, entretanto já falecido Alfredo.
Comprei o livro (o mais provável é o próprio não saber que o adquiri!!!) através de uma plataforma online, para o efeito e quando o recebi tomei-lhe o peso. Literalmente! Pensei: se o que aqui estiver dentro pesar tanto como estas trezentas e muitas páginas, fiz um bom negócio.
Andei com o livro para quase todo o lado na vâ esperança que se lesse sozinho. Pois não, não leu e tive de ser eu, uma vez mais, a pegar no dito e atirá-lo para a mala de porão.
Finalmente arranquei para o desgraçado viajante com aquele ímpeto tão tuga: agora é que vai! E foi.
Porém reconheço que deu luta, muita luta. Ainda por cima gosto de ler devagar, o que associado a uma escrita burilada porém assertiva, obrigou-me amiúde a ter de reler alguns dos textos.
"Torna-Viagem" é um conjunto de muitas crónicas (perto de 100) escritas por alguém que viveu em Moçambique durante muitos anos e de onde trouxe relatos duros, maduros, cruéis porém totalmente verdadeiros.
Para todos os textos há que vestir a armadura da indiferença, pois de outra forma passaremos a ser vítimas da nossa própria leitura. Houve momentos que tive de parar e respirar fundo antes de continuar. E eu até serei insuspeito porque jamais visitei o Continenete Africano e não conhecer aqueles ambientes.
No final fica a ideia, quiçá errada, de que o JPT fez a sua antropológica catarse ao esgalhar e publicar este compêndio de bem amar África, nomeadamente Moçambique.
De todas as crónicas, houve duas que me marcaram, a saber: "O camarada Paulo Gentil" e "Marjorie, o meu primeiro amor". Por razões olimpicamente diferentes...
Cumpri assim a minha promessa (não é muito frequente!, assumo!). O livro pesa muuuuuuuuito menos do que a escrita inclçusa nele. Portanto fiz um optimo negócio.
Nunca conheci África. E com a idade que tenho certamente morrerei sem conhecer esse Continente. Mas tudo bem. Há outros locais preferidos e aos quais também jamais visitarei
Portanto irei falar (leia-se escrever!!!) sobre África sem nunca lá ter estado, nem sentido os cheiros que tanto elogiam, os sons, a comida e essencialmente a gente boa que habita naquele Continente.
Peço desde já desculpa a quem me ler pois não tenho qualquer conhecimento das sensações anteriores. No entanto paira sempre no ar uma imagem de um enormíssimo pedaço de Terra assaz peculiar e de uma riqueza imensa.
Adoraria ter conhecido verdadeiramente África. De ter deambulado por entre planaltos e planícies, montanhas e vales. desertos e florestas frondosas.
De conhecer tribos indígenas, de receber destes conhecimentos fantásticos que nunca estarão em nenhum compêndio.
África é assim uma espécie de sonho que jamais realizarei!
Ainda não percebi bem a quem interessa esta recente catadupa de más notícias sobre a empresária Isabel dos Santos. Tal como não entendo a bravata que o Livre tentou com a Joacine Moreira.
Duas mulheres que ultimamente têm andado na boca do mundo, dizem, pelas piores razões nomeadamente envolvendo petrodólares, por parte da filha do ex-presidente de Angola, e ideias próprias da deputada portuguesa.
Coincidência ou não, as duas assumem que há mentiras nos seus estranhos processos.
Partindo do pressuposto jurídico da presunção de inocência, ainda assim acredito que as duas, cada uma à sua maneira, tenham algumas contas para ajustar com os seus inimigos.
No entanto e ao invés da maioria das pessoas, gosto de quem pensa pela sua própria cabeça, postura que criou, no caso da deputada Joacine, muitos anticorpos dentro do Livre.
Seja como for a luso-guineense foi, a meu ver, ganhando algum respeito fora do seu próprio partido. Teve coragem suficiente para enfrentar os seus adversários políticos o que, diga-se em abono da verdade, no actual contexto não é coisa de somenos.
Quanto a Isabel dos Santos, os chamados "rabos de palha" devem agora estar a arder, mas cheira-me que há muita gente a querer ficar na fila da frente para deitar mão à fortuna da empresária Angolana.
Esta chuva que ultimamente tem inundado os nossos dias e não só, surge como fenómeno anormal. Não pela época em si mas pela violência e quantidade com que cai.
Nunca atravessei para lá do Cabo de S.Vicente... minto já fui à Madeira que é mais ou menos a latitude de Marrocos. Mas jamais fui a África. Tudo o que sei do continente africano foi-me contado pelo meu pai, pelo que li e por relatos de outros que por lá viveram. Porém em todos os casos a forma como descrevem o tempo metereológico naquela região tropical do Globo assemelha-se muito ao que temos hoje em Portugal.
Chuvas abundantes, trovoadas tenebrosas e vento forte. Foge a esta semelhança somente a temperatura pois estamos muito acima do Equador. Ora se é certo que estamos muito longe da tal linha Equatorial, a verdade é cada vez mais as nossas tempestades parecem tropicais.
Dizem os mais velhos que antigamente principiava a chover em Outubro e só acabava para Abril. Mas era uma chuva certa, temperada por um Outono e um Inverno chuvoso e rigoroso mas sem ter este aspecto quase catastrófico.
Temo assim que estas transformações climáticas que ultimamente vamos observando não passem apenas de uma fase e se tornem permanentes.