Sou o que sou ou sou o que o outro julga que eu sou?
Parece quase uma lenga-lenga infantil. mas o primeiro silêncio proposto na peregrinação que acabei de fazer abordava a temática do ser. Da pessoa como ser humano e ser pensante, plasmado no que saõ hojes as redes sociais e de que forma o homem vivente se relaciona com itodos estes desafios.
A questão que coloquei como título deste postal é feita com o intuito de entendermos o que somos nesta sociedade, sempre tão ávida de acontecimentos e novidades. Mais que não seja para irmos falando dos outros.
Pegando então na pergunta, diria que aquilo que pretendo saber é se cada um de nós vive de forma séria consigo próprio e com os outros ou ao invés vive no sentido de acertar com a ideia que os outros terão de nós.
Usei o seguinte exemplo com um peregrino que caminhava a meu lado: Suponhamos que eu destesto caviar, mas um amigo convida-me para jantar e imagina/calcula que eu gosto daquela iguaria e serve-a como aperitivo.
Perante esta situação poderia tomar uma das seguintes decisões:
- sou sério comigo mesmo e com os outros e recuso-me a comer, mesmo que o anfitrião fique aborrecido;
- pretendo agradar e vou comer algo que detesto só para que o outro fique feliz!
É neste dilema que vive muitas vezes o homem actual. Entre ser alguém feliz mesmo que alguém diga que não aprecia ou dar ideia de que é feliz porque os outros assim gostam.
Portanto a preocupação maior da nossa sociedade é ser... aceite! Mesmo que seja necessário uma rede social!