Sorte ou azar, a minha humilde explicação
Para a Bata&Batom
Temos a tendência de inventar mil desculpas para alguns acontecimentos da nossa vida. Há quem veja em tudo o que fazemos obra de Deus (mesmo como católico assumo que não vejo as coisas dessa maneira!), outros acreditam que é a sorte ou o azar que conduz o nosso caminho. Há ainda aqueles que creem que tudo não passa de um sem número de coincidências e finalmente os que consideram que tudo acontece de forma lógica e natural.
Não sou fundamentalista em relação a nada ou quase nada… (somente os fumadores me metem muita confusão!). Portanto no que respeita aos acontecimentos do dia a dia que vamos naturalmente vivendo creio de há uma miscelânea de todas as opções.
Por exemplo quem conduz muito depressa e sem as devidas cautelas arrisca-se muito mais a ter acidentes que outro que siga todos os preceitos. Portanto quando espatifam o carro não é azar, é aselhice.
Quem fuma arrisca-se mais a ter um cancro que alguém que não fume… E não foi a vontade de Deus que assim quis! Foi opção do próprio.
Quando alguém joga no casino e perde milhares sabe ao que vai! Não é azar perder o dinheiro, mas parvoíce.
Um dia alguém com dois euros aposta no Euromilhões. E acerta no jackpot! De um momento para o outro passa de um pobre miserável em busca de um pouco de sol, para se tornar num felizardo. Mas será mesmo assim? Foi sorte o que que lhe aconteceu? Provavelmente o cálculo de probabilidades dirá algo bem diferente. E o que vai fazer com o dinheiro dar-lhe-á felicidade? Nunca saberemos… Ou talvez sim!
Já escrevi neste espaço que há coisas na minha vida muito mais importantes que o dinheiro ou os bens materiais… (O Grouxo Marx tinha uma tirada que considero fantástica e que é a seguinte: há coisas mais importantes no mundo que o dinheiro, mas são tão caras!). Passando à frente reafirmo que a amizade, a partilha, a solidariedade, o carinho e disponibilidade para os outros é bem mais importante que todos os bens do mundo. E a isto eu chamo de ter sorte… Sim porque sortudo sou eu por pode dar aos outros nem que seja um minuto da minha vida, de poder abraçar quem está só, ou simplesmente tentar aliviar o sofrimento dos outros com as nossas mãos.
Azar? Não sei o que é… Talvez, apenas e só, o contrário de sorte!