Ser Natal!
No Natal há prendas que jamais esquecemos. Daquelas que poderão não encher a carteira, mas fazem o coração transbordar de alegria.
Há uns tempos, assim a modos que a brincar juntei um conjunto de bloguers dos quais tinha os contactos telefónicos e criei uma comunidade no uotessape sem fins lucrativos a não ser… estarmos presentes.
Esta comunidade é deveras activa e todos os dias há aquele “bom dia”, uma “boa-tarde” ou um simples “olá”. Seja o que for estão lá e cada um de nós sabe disso.
Esta malta é simplesmente soberba. Neste momento somos “só” 15, mas valemos por milhares e temos a força de uma grande e férrea amizade.
Ainda antes do Natal apercebi-me de que algo estaria para acontecer no grupo. E aconteceu… Será desta iniciativa onde gratamente me vi incluído que venho hoje escrever.
Na véspera de Natal a cadela cá de casa deu sinal sonoro. Geralmente quando é assim aponto para o senhor Joaquim o carteiro da zona, curiosamente também um Beirão. Fui à caixa de correio e encontrei um envelope endereçado à minha pessoa, oriundo de uma mulher fantástica que tenho o privilégio de conhecer pessoalmente e de a considerar uma amiga de coração. Falo obviamente da Isabel, deste blogue, e que me enviou um postal de Boas Festas. Manuscrito!
Assumo sem vergonha que nunca recebi um postal destes com origem em amigos. Nunca.
Na passada terça-feira, último dia do ano, recebi outro envelope. Desta vez da Maria também manuscrito! Uma jovem quase da minha idade e por quem nutro uma amizade que vai para além do normal. No fundo é assim uma espécie de irmã longínqua, profundamente corajosa e a quem por vezes recorro para ouvir o que preciso.
Tanto uma como outra entraram neste meu Natal de uma forma fantástica, surpreendente e inesquecível.
Os seus postais estão juntos a outra correspondência minha. Pode ser que daqui a muitos anos algum dos meus (para já) quatro netos, queira fazer um apanhando e quem sabe publicar alguns destes belos textos.
Há emoções que muitas vezes não controlamos.
Há sentimentos nem sabemos que nos atentam.
Volto à minha velha ideia de que na vida não temos nada, já que quando partimos nada vai connosco. Todavia o que realmente fica permanente é o que somos.
E estas duas meninas foram o meu verdadeiro Natal!
Um muito, mas muito obrigado.
A gente lê-se por aí!