Sangue jornalístico?
Ponto prévio: não fui mandatado por ninguém, nem exibo de nenhuma procuração para defender as próximas ideias. Feita esta ressalva passo ao que aqui me leva…Cada um tem o nome que advém quase sempre dos seus antecessores. É apenas identificativo e não deve corresponder a uma chancela positiva ou negativa que se carrega pela vida fora. Abordo este tema devido à forma quase vil como alguns jornais têm tratado o filho do ainda Presidente da Comissão Europeia.
Se o actual técnico do Banco de Portugal fosse filho se um ilustre desconhecido e tivesse recebido o mesmíssimo convite, os jornais falariam disso? No mesmo sentido quantos colaboradores terão até hoje entrado por convite para instituição reguladora, filhos de um qualquer casal?
Mas pior que tudo, é a forma pejorativa como alguns diários abordam o assunto, tentando trucidar um jovem, que como muitos que há por aí, lutam por um melhor lugar na vida. E fosse para onde fosse trabalhar este rapaz estaria sempre marcado pelo nome do pai. No entanto o ser-se filho de alguém público não é marca de competência ou falta dela. O tempo encarregar-se-á de o valorizar, ou não… E nessa altura falaremos!
O jornalismo, mesmo o especializado, deve pautar-se por seriedade e busca da verdade e não retirar conclusões só porque alguém tem nome sonante. E entenda-se este ridículo: até há umas semanas “Espirito Santo” era sinónimo de uma família com prestígio e pergaminhos na sociedade. Hoje, esse mesmo nome caiu em desgraça e sabe-se lá com que irremediáveis consequências para todos os portadores desse apelido.
Mesmo que nunca tenham culpa!