Sair devagarinho...
Toda a minha vida escrevi.
O início foi em papel, depois numa velhinha máquina de escrever Hermes 2000 (reparem no cabeçalho... está lá!) e por fim nas novas tecnologias. Todavia continuo a gostar de manuscrever, se bem que com isso tenha dois trabalhos…
Durante anos juntei textos e mais textos. De vez em quando revisito-os, tentando entender o que era a minha cabeça desde há meio século e acima de tudo descobrir como ela evoluiu até ao que sou hoje.
Justamente por isso reconheço que no princípio aquilo era mui pobre, triste e confuso. Mas só podia… a juventude é um mar revolto de certezas incertas.
Avancemos célere no tempo até… 2012, quando criei em Janeiro daquele ano o blogue José da Xã.
Um pequeno passo para a humanidade, mas para mim foi um salto de gigante, já que os meus escritos passariam a ser visíveis por quem visitasse o blogue. Um risco incalculado porque jamais soube no que me estava a meter.
Passados estes oito anos de muitos textos inéditos e muitos desafios sinto que é tempo de correr as cortinas e colocar a tabuleta de fim de exercício.
Mas faço-o conscientemente agora porque considero que este parece-me ser o momento certo, a altura ideal.
Foram anos maravilhosos. Escrevi lá algumas coisas giras e outras menos engraçadas, mas o mundo não são só rosas… há que considerar alguns espinhos.
Entretanto continuar com este blogue onde me apraz outrossim escrever e, portanto, não vou fugir nem desaparecer.
Obrigado a todos quantos me estimularam a escrever. Sou definitivamente um privilegiado. E digo-o de coração cheio de bonitas palavras que ali fui recebendo.
Bem-hajam.
A gente lê-se por aí!