Sabedoria (im)popular
A sabedoria lusa está carregada de ditos, máximas e demais frases, que nos deixam quase sempre a pensar.
Entre muitos temas escolhi somente um para falar (façam a fineza de ler... escrever!) hoje e que se prende com a nossa alimentação. Vejam lá se conhecem isto:
- gordura é formusura;
- o melhor tempero é a fome;
- comer e conversar o mal é começar;
- laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata;
e termino com esta:
- perdoa-se o mal que faz para o bem que sabe!
Provavelmente haverá mais, porém neste momento é o que me ocorre.
Pegando na última ideia diria que esta será, quiçá, a mais perigosa de todas as máximas da nossa sabedoria, pois é com base nela que muitos de nós não cuidamos, como deve ser, da nossa alimentação.
Comer algo que nos fará mal só porque sabe bem parece-me um tanto atípico e acima de tudo perigoso. Deixem-me exemplificar com o meu exemplo: há anos uma médica especialista da áerea de Gastro avisou-me que me estaria vedado comer certos alimentos.
Nomeou uma série deles e no fim ainda acrescentou que nunca mais deveria beber bebidas brancas (não, não estou a falar de leite!). Assim tenho feito, de tal modo que as minhas análises ganharam juízo (eu também!!!). No entanto há alturas em sinto falta daquele petisco ou daquele digestivo. A opção pela manutenção da minha saúde é mais importante que os segundos que demoraria a comer ou a beber qualquer coisa proíbido e que rapidamente desapareceria corpo adentro, com óbvias más consequências.
Posto isto finalizo com certeza de que a sabedoria popular nem sempre tem razão!
A gente lê-se por aí!