Responsabilidade acrescida
Tenho uma idade que supostamente me deveria dar uma liberdade pessoal que... não tenho. Quando não é a neta ou até os filhos, surgem os pais!
Sou filho único de um pai nonagenário e uma mão octagenária. Portanto idosos.
Desde há uns tempos que o meu pai vem decaindo em termos de saúde. Principiou em 2019 com uma cirurgia ao coração para mais recentemente surgir uma anemia que se veio a descobrir ter origem em falhas renais!
Limitação na alimentação, especialmente ausência total de sal e em outras opções a evitar. Porém os rins continuam a ameaçar falhar. De tal forma que hoje tive de fazer 310 quilómetros para o ir buscar a casa, levá-lo ao hospital, ser visto e alertado para os diversos problemas que poderá via a ter e finalmente as opções que tinha entre mãos.
Não obstante a idade o meu pai ainda tem a cabeça no lugar. E sabe decidir sem necessidade de qualquer ajuda externa. Este dia foi totalmente dedicado a ele, à sua doença e tratamento.
Escolheu vir a fazer hemodiálise numa unidade hospitalar. Agora irá aguardar que o chamem para consultas preparatórias.
Tudo isto para dizer que tenho hoje mais uma responsabilidade acrescida: fazer com que o meu pai e obviamente a minha mãe vivam os dias que lhes restam com a melhor qualidade de vida possível.
Sempre acompanhados, sempre amados!