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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Regresso onde já fui feliz!

Há quem diga que nunca se deve regressar ao sítio onde se foi feliz.

Mas palavras leva-as o vento e por isso tendo acordado novamente com o dia chocho, decidimos dar uma volta pela bela cidade de Almada.

Nasci em Lisboa, vivi na aldeia até aos 6 anos, altura que regressei a Almada para ingressar na escola. E por aqui fiquei 26 anos, isto é, até casar!

Porém em Almada reconheço que passei os meus melhores anos. Ou sendo mais preciso vivi. nesta cidade virada para a capital. tempos fantásticos com tudo o que este adjectivo pode incluir.

Hoje achei que era tempo de rever locais, já que amigos seria assaz difícil.

Comecei por Cacilhas onde em tempos idos os burros eram o meio de transporte ideal e primordial e que naturalmente deu nome à povoação. Estacionei o carro naquilo que foi em tempos parte das oficinas de uma doca de reparações e dirigi-me para a beira do rio. Aquele enorme largo onde apanhei milhares de vezes autocarros para casa (e não só) ou barco para ir trabalhar (e não só) apareceu completamente desconfigurado. Porque há agora o Metro de superfície retirando aos autocarros muitos destinos. Depois uma série de obras e um conjunto de ruas limitrofes modificadas para pedonais.

Busquei as margens do rio Tejo começando na rua do Ginjal e parando apenas no Olho de Boi onde hoje se pode encontrar o museu Naval de Almada. Será bom não esquecer que durante muitos anos na zona ribeirinha de Cacilhas havia uma industria de pesca pujante, desde pesca de arrasto como de bacalhoeiros. Conheci mesmo quem tivesse vivido nessa estranha vida errante.

Porém aquela zona está completamente ao abandono. Alguns (poucos) pescadores à linha, armazéns completamente destruídos com algumas placas a avisar do perigo de derrocada e enormes painéis de grafitti. Todavia houve um que se destacou... 

DSC_0002 (1).JPG

Uma invulgar imagem de "El Pibe" falecido em Novembro do ano passado. Tirando isto, só vi ruínas e mais ruínas.

DSC_0001 (1).JPG

E mesmo o elevador panorâmico não trouxe vida ao local já que estava em reparações. Deste modo subi a estrada do Olho de Boi até à zona velha da cidade de Frei Luís de Sousa.

Depois dirigi-me ao velho jardim encostado à velha fortaleza Almadense e onde vivi momentos inesquecíveis. Daqui tem-se ums perspectiva da capital. Depois a Ponte que é a passagem para a outra margem, sob o olhar atento do Cristo-Rei e do tal elevador panorâmico.

DSC_0008.JPG

Passam autarcas, presidentes, governos, mas a cidade velha continua só e mal estimada. Muitos edifícios devolutos, outros já quase em ruínas e até li uma placa que dizia "IMI agravado" numa velha semi destruída.

Já a caminho novamente de Cacilhas encontrei uma questão bem pertinente...

DSC_0009.JPG

... numa edilidade, que desde o 25 de Abril, sempre foi de esquerda!

Um passeio que deu ainda para rever um velho amigo (ai que saudades, ai, ai) da noite: o R. dono de um pub onde me perdi demasiadas vezes.

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