Quando peregrinar… é ficar!
Como já divulguei em postal anterior dei por finda as minhas caminhadas em peregrinação até Fátima!
Quem se coloca a caminho até um qualquer lugar santo em peregrinação sabe de antemão que irão ser dias duros, pesados e acima de tudo desafiantes.
Se para mim todas as peregrinações tiveram um sentido muito específico e diferente em cada ano que caminhei, também fiquei ciente que aquelas deixaram de ser uma penitência mas algo até agradável.
Em termos meramente teóricos uma peregrinação carrega simbolismo, é certo, mas outrossim algum sofrimento, alguma dor física e de alma e mais que tudo deverá estar envolvida em muito espírito de sacrifício.
Ora se caminhar para mim é um prazer ou uma alegria, logo o verdadeiro sentido de uma peregrinação fica desvirtualizado.
Vai daqui fiquei a matutar nesta última ideia e conclui que é maior o sacrifício de ficar em casa que andar pelas estradas, mesmo sob um sol inclemente. Sofro mais por não escutar a Palavra do Senhor, por não poder ajudar outros companheiros de caminhada, por não ser porto de abrigo das palavras dos que comigo caminham.
Então se peregrinar é sofrer concluo que estando em casa também peregrino. Oiço o meu silêncio e as minhas leituras mesmo que não sejam do evangelho têm a mesma função de me fazerem acordar para outras realidades.
Peregrino assim ao âmago da minha alma procurando lá as respostas que necessito!