Quando a morte é o início...
... de uma guerra!
Há muita gente que se considera imortal, quando no fundo, no fundo nascemos e morremos um pouco todos os dias!
Esta manhã deram-me a triste notícia de que a minha vizinha da frente, uma simpática idosa, viúva com 87 anos, havia morrido no hospital após diversas falências de orgãos. Ainda a semana passada fui chamado a sua casa para a levantar do chão onde caíra.
Esta tarde vi o filho mais velho a levar coisas de casa para o seu carro. Ao ver-me atravessou a rua e dirigiu-se-me. Dei-lhe as condolências para vir logo com a conversa das partilhas entre ele e o irmão como se eu fosse parte interessada.
Deixei-o falar até que aproveitei a saída da minha neta para me despedir dele. Detesto olimpicamente este tipo de paleio...
Prevejo com aquelas palavras o início de uma demanda, tendo como base uns bens que daqui a uns anos já nem serão dos irmãos porque também eles seguirão, mais tarde ou mais cedo, os caminhos dos pais.
É assim que se começa uma guerra familiar. Por uns tarecos!