Pré-época de Natal!
Durante muitos anos olhei para a época do Natal no mínimo com… desdém. Um acontecimento na minha meninice tirara a esta quadra toda a magia e encanto. E assim os Natais foram passando sem grandes comemorações.
Acabei por mais tarde aceitar o Natal e até comemora-lo com pompa e circunstância. A principal razão para esta inflexão prendeu-se obviamente com o nascimento do meus dois filhos.
Há no entanto uma fase que continuo a não mostrar grande interesse e prende-se com esta pré-época Natalícia. Mesmo com a actual crise (ou provavelmente por causa disso!!!) a primeira referência ao Natal deste ano, que me foi dado observar, aconteceu em pleno Outubro. A dois meses de distância.
Compreendo que para a nossa já muito debilitada economia esta altura poderá ser uma espécie de balão de oxigénio. Mas daí ao que se pode constatar hoje vai uma relativa distância. Para além das lojas já profusamente enfeitadas também as televisões e a Internet divulgam o que têm de melhor para a época que se aproxima.
Regressando uma vez mais à minha meninice direi que naquele tempo não havia Pai Natal, nem a Coca-Cola patrocinava a viagem com origem na Lapónia de um ancião e das suas renas. Ou se o fazia, em Portugal isso não era conhecido. Naquele tempo o principal responsável pelas prendas era o “Menino Jesus”. O Tal que nunca entendi como podia estar em todo o lado ao mesmo tempo.
Um poeta disse uma vez que o Natal é quando o homem quiser. Mas a pré-época ao invés devia ser só em Dezembro profundo.