Praxes "negras"!
Todos os anos se repete.
Todos os anos há casos que acabam mal.
Todos os anos há quem fique claramente traumatizado.
Falo obviamente das praxes académicas.
No entanto para este ano lectivo o governo lançou uma campanha defendendo o estudante que não pretende participar nos actos das praxes. Ou como diz o povo "depois de casa roubada, trancas à porta".
Vai para muuuuuuitos anos que os portugueses vão recebendo notícias de acções menos próprias e menos correctas nas praxes académicas, já para não chamar a algumas delas violência pura (física e intelectual). Os grandes defensores destes actos, todavia, consideram esta tradição uma forma dos caloiros serem melhor aceites nas respectivas faculdades. Tudo muito bem, desde que o limite do razoável jamais seja ultrapassado. Mas é aqui precisamente que está o busílis da questão: o que é razoável para mim pode não ser para o outro e vice versa.
Vou mais longe... Pelo que sei há caloiros que aceitam todas as acções sobre eles, subordinados a uma ameaça, de durante a futura vida académica não serem ajudados por outros colegas. Chantagem ignóbil!
Por isso não acredito que esta recente campanha, lançada pelo actual governo e unanimemente apoiada pela AR, consiga de alguma forma controlar esta (nova) forma de violência juvenil, devidamente encapotada por "Capas Negras".