Porque eu posso!
A Fátima do blogue "Porque eu posso", no âmbito das comemorações do sétimo aniversário do blogue, instigou-me a escrever sob o mote que dá título ao seu espaço, o que agradeço sinceramente.
Entretanto demorei algum tempo até encontrar esta minha estória de vida!
Naquele final de Janeiro era frequentes as filas de pessoas ao redor do Banco de Portugal, apanhando a Rua do Comércio, rua do Ouro e rua de S. Julião.
As filas com centenas de pessoas iniciavam muito antes das oito da manhã e por vezes, eram quatro da tarde e ainda havia por lá muita gente.
Saí para almoço já tarde e quando regressei, mais tarde ainda, aproximei-me de uma das portas de entrada. Alguém que estava na fila grita:
- Você vai entrar aí?
Como não pensei que fosse para mim aproximei-me mais da grossa grade de ferro de forma a pedir ao segurança que me destrancasse a porta. Só que a multidão ao meu redor começa a exceder-se e travam-me a entrada:
- Você vai entrar aí? – repetiram a pergunta.
- Sim – respondi – e depois mostrando o cartão da casa devolvi - porque eu posso!
Também aqui.