Perdoar é o melhor caminho?
Há quem se zangue por tudo e por nada. Costumo até dizer destas pessoas que já nasceram zangadas com o Mundo.
Este tipo de gente têm quase sempre um verbo fácil que ofende e magoa o outro. Depois quando caem em si vêm a correr pedir desculpa pelo ocorrido e acima de tudo pelas palavras proferidas.
Tal como as pedras atiradas a alguém e que não podem ser revertidas também as palavras não podem ser retiradas. E por muito arrependimento que se apresente a verdade é que não há volta a dar: está dito, está dito!
Pode-se assumir que com um pedido de desculpas tudo ficará bem como dantes? Em teoria diria que sim, na prática diria que não. Por muito que tentemos perdoar o outro, a verdade é que na maioria das vezes não esquecemos o que nos disseram.
Onde é que neste mundo de relações cabe então o perdão? Ou será que não cabe?
Perdoar é um acto de enorme altruísmo. Fomos roubados, injustamente acusados, vilipendiados para no fim perdoarmos a quem nos fez mal, nos ofendeu? Será justo?
Percebo pouco de justiça, mas uma coisa tenho a certeza e que se espraia nesta ideia simples: quem não tem capacidade de perdoar nunca viverá totalmente feliz. As bravatas interiores serão sempre momentos tristes e complicados. Que nos consomem interiormente!
No entanto é preciso dizer que perdoar não é esquecer!
A gente lê-se por aí!