Passadeiras e passeios ou a cidadania ausente!
Já escrevi por diversas vezes que sou contra as passadeiras de peões. Essencialmente aquelas que não têm sinalização luminosa e somente indicação horizontal no chão, vulgo zebras.
Considero que estas passadeiras não fazem parte da solução para a segurança rodoviária, bem pelo contrário, já que grande parte dos atropelamentos surgem naqueles lugares. E se a culpa destes acidentes são geralmente atribuídas aos condutores também é certo que os peões são pouco cuidadosos pois não se coibem de entrar numa passadeira sem sequer preocuparem com os carros que possam aparecer.
Quem conduz tem que ter sempre mil olhos para o que rodeia. Mas nas passadeiras a atenção tem de redobrar. Um destes dias estava perto de casa e ia devagar. De súbito sai de um prédio uma senhora que acto contínuo entrou na passadeira que se estendia à sua frente sem sequer olhar para qualquer dos lados tentando minimizar o perigo.
Sei que é uma guerra perdida e portanto basta-me aqui desabafar.
Mas há também o inverso: o condutor que acha que só tem direitos e os peões que se tramem. Então se falarmos em estacionamento...
O passeio à frente da minha casa e de todo aquele bairro não medirá mais que um metro a um metro e vinte de largura. A calçada está amplamente danificada e assaz irregular. Se juntar a isto os carros estacionados tenho que ir para a estrada se quiser andar. Ora ultimamente tenho andado a passear a minha neta no seu transporte indicado. Todavia a maioria do tempo ando na estrada pela impossibilidade que o fazer no passeio. Essencialmente pelas tais viaturas estacionadas e que me inibem de andar onde deveria.
Apetece-me tantas vezes passar com objectos fortes que amolgassem as viaturas indevidamente estacionadas. Talvez começassem a perceber que o seu lugar não é ali. Porém se o fizesse seria tão imbecil e mal formado como eles.
Entretanto a polícia passa na rua e nada faz. Fecha os olhos a tudo isto como tudo estivesse impecável.
À boa e estúpida maneira lusa...