Os ricos e os pobres!
Sempre detestei os rótulos nas pessoas. Creio ser uma forma muito simplista de chamar nomes a alguém sem que esta se ofenda. Também não sei quem foi o "artista" que considerou que uma pessoa, dependendo dos rendimentos que aufere deveria ser colocada numa certa classe (alta, média, média-alta, média-baixa, baixa).
A vida que já vivi ensinou-me que a riqueza e a pobreza de uma família está directamente relacionada com a sua postura perante as diversas solicitações. Lembro a este propósito que tive colegas que ganhavam muito mais que eu mensalmente, mas que andavam sempre lisos e com calotes a outros colegas. Simplesmente porque não sabiam governar a sua vida. Do género maltês de bronze, como se dizia na aldeia: "ganha dez e gasta onze".
Mas se pegarmos na tal estatística de valores recebidos anualmente, aqueles meus colegas poderiam perfeitamente pertencer a uma classe alta. Porém... eram pobres!
O ter muito dinheiro não é sinónimo de se ser alguém rico. Tal como o pouco dinheiro não é sinal de pobreza.
A riqueza e a pobreza são factores que devem ser associados não só aos rendimentos, mas à forma como cada pessoa consegue gerir os seus infidáveis ou parcos recursos.
Dizia o meu sábio avô "dinheiro no bolso não consente misérias" numa alusão àqueles que no seu tempo tinham dinheiro no bolso mas que não era deles. Um prenúncio do que são hoje os cartões de crédito.