Os fantasmas da estrada!
Todos nós sabemos que há óbvias diferenças entre homens e mulheres. Serão dois mundos diferentes que bem ajustados se completam. Os homens vêem o mundo de determinada maneira, as mulheres geralmente de forma oposta.
Não pretendo com isto dizer que um dos sexos é mais forte que o outro, muito longe disso. No entanto há características próprias a cada um e não há nada a fazer quanto a isso.
Uma das propriedades do homem e que raramente se vê na mulher é a maneira como aquele se relaciona... com o seu carro.
Enquanto para as mulheres um automóvel é somente mais um objecto do qual se serve para ir trabalhar, às compras ou somente passear, assumo, sem grande receio de errar, que este relacionamento não se plasma no sexo masculino. De todo!
Assim para a maioria dos homens um carro é um apêndice de si mesmo, um alongamento da sua pessoa e consequente personalidade. Certamente que nem todos serão assim, eu não sou, mas a maioria... (ai que eu conheço tantos!!!).
O meu carro serve para aquilo que necessito e fico olimpicamente aborrecido quando tem algum problema. Tanto pode ser um furo, como uma lâmpada fundida ou uma qualquer mensagem mais bizarra que nem sei o que é. Fora isto ando devagar e nunca refilo com os outros.
Conheço muitos homnes que fora do carro pautam a sua vida por calma e serenidade, diria que são quase amorfos, para no segundo seguinte a se sentarem num veículo se transformarem em verdadeiros monstros da estrada. Recordo como exemplo um antigo chefe que num certo sábado fomos todos almoçar longe da capital. Eu fui no carro dele e aquela paz de alma com quem convivia diariamente no trabalho modificou-se de uma maneira quase monstruosa. Nunca mais fui com ele no carro... fosse onde fosse. Safa!
As escolas de condução podem ensinar a conduzir, mas jamais ensinarão alguém a lidar com os seus fantasmas interiores.