Ontem foi dia de Festa!
Pois foi. No Covão do Feto. Uma aldeia cravada na encosta sul da Serra dos Cadeeiros.
Gente simples, humilde, trabalhadora e amiga do seu amigo.
E foi boa a Festa, pá! Tudo bem organizado, com a Banda Filarmónica do Xartinho a ajudar na animação (e que Banda meus amigos, que Banda), os andores lindíssimos, as ruas floridas e a capela velhinha, velhinha, mesmo em remodelação, parecia rejuvenescida.
Muita gente se empenhou para a realização desta Festa. É neste espírito de entrega sem renegar qualquer esforço, sejam dos mais novos ou dos mais velhos, que nascem as grandes obras.
A não ser aquela bátega de água que brindou a todos quantos participaram na Procissão. Mas ninguém arredou pé. Estugou-se o passo é certo mas todos os santos regressaram à capela, um tanto molhados é verdade, mas… é tradição!
Porque isto da tradição vale o que vale… mas o que conta é que sempre que a Nossa Senhora dos Remédios sai à rua no Covão do Feto, há chuva pela certa.
E ontem, como se previa, lá veio a tal pluviosidade que caiu com força e encharcou quase todos.
Mas a Festa é assim mesmo… Tudo aceite pois essa foi a vontade de Deus.
A noite veio finalmente serena e sem chuva. O salão do Centro Cultural do Covão do Feto, encheu-se de gente boa e… esfomeada que nem a Sopa da Pedra, nem o porco no espeto ou uns Pipis “à maneira”, conseguiram apaziguar. Tudo devidamente "regado"... a sangria e cerveja!
E obviamente como não podia deixar de ser nesta pacata aldeia da Freguesia de Monsanto, o baile durou até às tantas… Como é apanágio deste povo!
Ouvi ontem alguém dizer, com um “grãozito na asa”: festa no Covão sem baile não é festa é enterro.
Aqui há fotografias da festa.