Ontem e hoje!
O tema “bullying” é indubitavelmente um dos temas desta nova sociedade, como se nunca tivesse existido esta nova doença.
Há meio século, raros eram os miúdos que usavam óculos. Mas como sempre fui um sortudo logo aos seis anos brindaram-me com um par de “cangalhas” com lentes mais grossas que fundos de garrafa.
Como é previsível passei a ser conhecido pelo “caixa de óculos” ou “vidrinhos”. Esta tatuagem acompanhou-me durante muitos e muitos anos.
Filho único acabei por aguentar todos os impropérios sozinho e sem qualquer apoio familiar, já que também evitava preocupar a família com assuntos que me pareciam menores.
Assim cresci com esta chancela…
Hoje observo e leio sobre este tema e acho que pretendem fazer uma tempestade num copo de água. Todavia reconheço que algumas atitudes da juventude de agora roçam a violência e isso não é compaginável com uma sociedade livre.
Mas há que distinguir o que são coisas de jovens e o que é violência. E se em relação à primeira sou naturalmente condescendente, no que se refere à segunda não pode haver qualquer desculpa. Há que ounir severamente os culpados.
Sempre achei e continuo a achar, que quem usa o “bullying”, como forma de ascendente sobre outros seres humaanos é porque sofre de uma enorme insegurança interior… e receia que alguém o descubra.
Os pais que eventualmente lerem este texto poderão achá-lo uma autêntica imbecilidade. Mas duma coisa tenho quase a certeza: a maioria dos miúdos preferem o silêncio.
Não por medo nem por vergonha, mas como uma prova que fará sempre parte do seu crescimento.